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Sobe para 5 total de mortos em chacina de Osasco-SP

Única mulher morta tinha quatro filhos, todos com menos de 10 anos de idade

Por Daniela do Canto
Atualização:

Subiu para cinco o total de mortos em uma chacina ocorrida no início da madrugada desta sexta, 23, na Favela do Jardim Padroeira 2, em Osasco, Grande São Paulo. Também, duas pessoas estão feridas após a terceira chacina do ano registrada na Região Metropolitana da capital paulista. As outras duas, em Mauá, deixaram seis vítimas fatais ao todo. De acordo com o investigador do Setor de Homicídios de Osasco Ivan Carlos, ainda não há informações sobre a motivação e os autores do crime. "Os vizinhos só disseram que ouviram os estampidos." Ele disse que as vítimas foram atingidas no tórax e na cabeça, aparentemente a curta distância, e que elas provavelmente estavam andando pela viela no momento em que foram baleadas. No local morreram Camila Safira Lemos da Silva, de 25 anos, José Marcos da Silva, de 34, e um segundo homem, ainda não identificado, mas que conforme vizinhos se chamaria Marcelo. Um estudante de 15 anos chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Municipal Antônio Giglio. Um homem, ainda sem identificação, foi levado ao Pronto-Socorro Pestana, mas também não resistiu. T.S.S, de 17 anos, permanece internado em estado grave no Hospital Municipal Antônio Giglio, onde passou por cirurgia. A sétima vítima, José Rodivone Assunção de Santana Sobrinho, de 26 anos, está internada no Hospital Regional de Osasco. Dezessete cápsulas de pistola calibre 380 foram apreendidas pela polícia no local. O investigador afirmou que, caso alguma testemunha tenha informações sobre o crime, deve fazer uma denúncia anônima por meio do telefone 181. As investigações do crime devem ser feitas pelo setor de Homicídios de Osasco e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Osasco. As vítimas A única mulher morta na chacina tinha quatro filhos, de 1, 5, 7 e 9 anos, e fazia bicos como empregada doméstica. Segundo a mãe de Camila, a babá Ana Elisa Lemos da Silva, de 46 anos, a jovem também dependia da ajuda do pessoal da comunidade para amparar a família. Ela era viúva há nove anos e há um morava na Favela do Jardim Padroeira 2. "Minha filha nunca teve passagem pela polícia", afirmou. Quando ouviu os tiros, a mãe da vítima estava na casa de outra filha, de 27 anos, que também mora na favela. O estudante, que morreu no hospital, não era morador local. De acordo com uma prima do jovem, que tinha o apelido de Bolinha, ele morava em Jandira e veio passar alguns dias na sua casa. "Ele estava aqui há dez dias e iria embora no sábado", contou Priscila Fernandes, de 20 anos.

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