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Vitória de Obama motiva palpites sobre sucessão de Hillary

Por ANDREW QUINN
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Selada a reeleição do presidente norte-americano, Barack Obama, o jogo das adivinhações políticas em Washington se deslocou nesta quarta-feira para outro assunto: quem sucederá Hillary Clinton no comando da Secretaria de Estado? Hillary, uma das mais populares integrantes do gabinete de Obama, já declarou que pretende deixar o governo no fim do atual mandato presidencial, em janeiro. Analistas políticos há meses estão atentos para a troca e geralmente citam uma lista de cotados que inclui o senador John Kerry, a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, e o assessor de Segurança Nacional Tom Donilon. Mas esses três favoritos enfrentam empecilhos, e a própria nomeação de Hillary por Obama, em 2008, pode indicar uma disposição do presidente em fugir ao óbvio na nomeação do chefe da diplomacia norte-americana. "O 'star power' (força da celebridade) é importante nessa posição. É muito difícil suceder a alguém tão querida e capaz quanto Hillary Clinton, com o tipo de presença que ela tem globalmente", disse o vice-presidente-sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, H. Andrew Schwartz, em Washington. "Isso é parte do esforço de Obama para consertar a imagem dos Estados Unidos no exterior, e ele sente que estrelas conseguem isso", disse. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, confirmou nesta quarta-feira a iminente saída de Hillary, ex-primeira-dama dos Estados Unidos e ex-senadora que foi adversária de Obama na disputa pela indicação do Partido Democrata em 2008. "Ela pretende supervisionar a transição de um sucessor, e aí ela voltará à vida privada e desfrutará de algum descanso, pensará e escreverá", disse Nuland. A saída de Hillary, muitas vezes citada como possível candidata presidencial democrata em 2016, não será a única mudança no núcleo de segurança nacional do governo Obama. No Pentágono, há intensa especulação de que o secretário de Defesa, Leon Panetta, irá deixar o cargo até meados de 2013, após quatro anos à frente do Departamento de Defesa e da Agência Central de Inteligência (CIA). Candidatos à sucessão dele incluem a diretora de políticas do Pentágono, Michele Flournoy, que seria a primeira mulher secretária de Defesa no país, e o atual adjunto de Panetta, Ashton Carter. (Reportagem adicional de Phil Stewart)

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