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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Tragédia no Sul

Governança inepta

Em fevereiro de 2023, São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, vivenciou um avassalador temporal com mortos; em setembro, testemunhamos o início das enchentes no Rio Grande do Sul; e, em outubro, a seca do Rio Negro, no Amazonas, prenunciou a imprevisibilidade de novas catástrofes naturais. Observa-se, no entanto, que mesmo com a frequência desses eventos ainda não se tem um plano nacional emergencial que mobilize uma força-tarefa com barcos, aeronaves, pontes de lançamento, hospitais de campo, etc., aproveitando-se inclusive da estrutura militar. No ínterim, nosso presidente da República prefere o palanque, mesmo com a tempestade já em andamento, e o nosso Congresso Nacional está mais preocupado em assaltar o Orçamento público com emendas do que em criar normas mais severas contra o desmatamento e regras restritivas à urbanização desenfreada e ilegal em áreas de risco e preservação. No silêncio, aceita-se uma governança inepta.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Plano de defesa civil

Assim como existe na lei o plano Mobilização Nacional, que é o conjunto de atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado destinadas a capacitar o País a realizar ações no campo da defesa nacional diante de agressão estrangeira, também deveria o Ministério das Cidades, em cumprimento a uma de suas finalidades, preparar os municípios para situações de emergência climática, elaborando um plano de defesa civil para casos semelhantes ao que ocorre nos municípios do Rio Grande do Sul.

Paulo Marcos Gomes Lustoza

Rio de Janeiro

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Saúde

Moeda de troca

O texto do editorial A Saúde como vergonhosa moeda de troca (4/5, A3) usa as palavras adequadas para descrever o descaso histórico com a saúde independentemente do governante da vez. O toma lá dá cá bem mencionado é mais do mesmo e a ausência de planejamento talha a conveniência política a que assistimos atônitos e indefesos. Novamente – como sempre – a população paga a conta do descalabro governamental que se esconde atrás de discursos tão eloquentes quanto vazios e pela frente alimenta os porcos.

Josenir Teixeira

São Paulo

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Cientista brasileira

Referente à reportagem Do luto à ciência (4/5, D8), estou encantada com a história de vida da cientista brasileira Marcella Cardoso, que descobriu um mecanismo por trás da covid que pode resultar em um potencial tratamento. Como ela, eu também perdi meu pai para a doença, também um grande homem, alto, forte e saudável. Me refleti nessa história e vi que a inconformidade move montanhas. Parabéns a ela pelos aprofundamentos científicos, e que este governo não se esqueça da importância do apoio financeiro aos cientistas do nosso país.

Rosanea Ferreira Rodrigues

São Paulo

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Educação

Verbas universitárias

Na matéria do Estadão sobre as verbas destinadas às universidades públicas paulistas (4/5, A15), não discuto a necessidade e a importância da USP, Unesp e Unicamp, mas a verba destinada a outras três instituições: Faculdade de Medicina de Marília (Famema), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Em conjunto, R$ 358 milhões anuais, e podem ser considerados irrisórios. Sou professor da Famerp há muitos anos e conheço a situação da Famema, faculdades de Medicina muito bem qualificadas e com hospitais que prestam um excelente atendimento a pacientes do SUS, como exemplo o Hospital de Base de São José do Rio Preto, uma fundação ligada à faculdade. Espero que o governo estadual encontre uma solução que permita uma destinação orçamentária mais realista e condizente com os serviços prestados pelas três instituições citadas, sem prejuízo das universidades. Verbas públicas destinadas ao ensino representam investimentos, principalmente em um país como o nosso, onde verbas públicas são dilapidadas em “projetos” de cunho meramente político-eleitorais em detrimento das verdadeiras necessidades da Nação.

José Paulo Cipullo

São José do Rio Preto

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

GESTÃO LULA

Para o País é um horror ver um presidente como Lula da Silva, sem liderança alguma, liberar um recorde de recursos não obrigatórios da Saúde num só dia em emendas parlamentares no valor de R$ 4,9 bilhões, como fez nesta terça-feira, 30/4. Neste ano, já liberou do total de R$ 21 bilhões de recursos não obrigatórios da Saúde, 61% ou R$ 12,8 bilhões para deputados e senadores. Fica a triste impressão que, a qualquer grito do nosso parlamento, Lula libera recursos. É a cara de um governo sem perspectiva, de péssima gestão e ainda enfiando os pés pelas mãos. Nos envergonha também a sua política externa repleta de grosseiros erros diplomáticos, prejudicando a imagem do País.

Paulo Panossian

São Carlos

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PUNIÇÃO EXEMPLAR

Em relação ao artigo intitulado O mínimo que se espera é punição exemplar a Lula após pedido explícito de voto a Boulos em São Paulo (Estadão, 02/5). O que seria punição exemplar para o articulista? Como ele mesmo salienta, deve ocorrer apenas o pagamento de uma multa relativamente leve, da ordem de alguns milhares de reais, que não deve fazer enorme diferença aos bolsos de Lula, pois certamente sairá dos bolsos do contribuinte. Este é mais um lamentável incidente envolvendo o presidente que terminará em pizza. Se restar ainda um pouco de dignidade e senso de justiça ao sistema eleitoral brasileiro, a inegibilidade de Bolsonaro deve ser imediatamente suspensa.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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POLÍTICA FISCAL

Ao rever a classificação da nota de crédito do Brasil de estável para positiva, a agência de classificação de risco Moody’s caiu numa armadilha. Hesitou em considerar o saldo positivo das contas do governo central de R$ 19,431 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Milagre e assombração são coisas que não existem. Ou o governo cai na real e revê sua política de gastos para equilibrar as contas públicas ou vamos continuar acumulando déficits fiscais a perder de vistas. Sem credibilidade da política fiscal podemos dar adeus ao grau de investimento e, sem o selo de bom pagador emitido pelas agências de rating, o País não vai atrair os investimentos tão necessários para promover o crescimento e gerar empregos.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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VIAGENS SIGILOSAS

Conforme noticiado, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou no último dia 30/4 uma regra que permite classificar informações de viagens de autoridades em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) como “sigilosas, por motivos de segurança”, decisão que beneficia diretamente o vice-presidente da República, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República. Como se vê, ao impedir de forma condenável e antirrepublicana o acesso da sociedade às informações que deveriam estar abertas às consultas de todos, suas excelências seguirão voando em céu de brigadeiro. Vergonha!

J. S. Decol

São Paulo

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GASTANÇA VÁLIDA

A extrema-direita acusa o governo de gastar. Verdade, mas o faz em benefício dos mais pobres que, durante o desgoverno de Jair Bolsonaro, tiveram os seus direitos e programas sociais fortemente atingidos. Bendita gastança, que tem se mostrado muito válida, como indicam os índices econômicos e sociais divulgados.

Sylvio Belém

Recife

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INTERESSE POLÍTICO

Valdemar Costa Neto, interessado na cassação de Sergio Moro – pois quer mais uma vaga de senador–, disse que a direita esqueceu o que Moro falou de Jair Bolsonaro. Ora essa, não fosse o interesse político, convém lembrar o que Geraldo Alckmin falou do Lula e o cargo que ocupa agora. Ou seja, fala-se gatos e sapatos e na hora que convém, tudo é esquecido. Portanto, senhor Valdemar: menos.

Izabel Avallone

São Paulo

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DECISÕES DE TARCÍSIO

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, toda semana anuncia uma ação e depois, devido às reações, volta atrás. Ou ele é muito indeciso ou lança as ações para ver qual será a repercussão. Caso não tenha, executa.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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FALTA DE CONFIANÇA

A falta generalizada de confiança reinante num país pode manifestar-se pelo fato de os cidadãos não acreditarem nos homens públicos, deteriorando o ambiente político, e de os investidores não se sentirem encorajados pelos agentes econômicos a correrem riscos. Trata-se de uma situação cujo resultado são o travamento do crescimento e o empobrecimento gradativo da população. Por outro lado, a ausência de previsibilidade, que pode vir a reboque da de confiança quando atinge uma perigosa longa duração, pode resultar na desintegração do país como Estado organizado, ou seja, impede que a sua sociedade esteja munida de garantias de que o país, após algum tempo, continue a existir. O Brasil se encontra ainda no primeiro estágio, o da falta de confiança, mas a Venezuela, por exemplo, vítima de um já extenso governo populista e autoritário, começa a ingressar na fase de imprevisibilidade. Roguemos a Deus para que nossa crise seja truncada e não evolua para lá.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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AÇÕES NOCIVAS

Mídia importante divulgou quanto custou para Israel se defender de um ataque de mísseis do Irã: a bagatela equivalente à R$ 5 bilhões. A PEC do quinquênio custará aos brasileiros R$ 42 bilhões. Ou seja, oito vezes mais. Deixo a seguinte reflexão: um país gasta R$ 5 bilhões para defender seu povo e o outro gasta R$ 42 bilhões para perder a honra. Qual dessas ações é mais nociva e indigna?

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira

Rio de Janeiro

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RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS

Uma empresa israelense, Elbit Systems, venceu licitação do exército brasileiro para a compra de armamento militar no valor de quase R$ 1 bilhão. O PT, simpático e aliado de ditaduras e nações fora da lei, previsivelmente é contra a operação por razões óbvias. Entretanto, o problema não é se o PT é contra ou não, mas se Israel venderá o equipamento ao Brasil, cujo governo é amigão do Irã e do Hamas.

Milton Cordova Junior

Vicente Pires (DF)

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DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE COLOMBIANO

Não bastasse o teor profundamente antissemita das declarações do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que anunciou a ruptura das relações diplomáticas com Israel acusando o premier Benjamin Netanyahu de genocida, o conteúdo é ainda patético e de cinismo ímpar. Nenhum governo colombiano conseguiu anular com eficácia as FARC e várias outras guerrilhas e cartéis de drogas que constituem, há anos, um verdadeiro estado paralelo terrorista que sequestra e mata. Portanto, antes de se intrometer no combate ao terrorismo alhures, Petro precisa arrumar sua casa primeiro. O presidente disse ainda que “Se a Palestina morrer, a humanidade morre”. Não é isso. A humanidade e a Palestina só viverão plenamente em paz quando os terroristas do Hamas, da Colômbia e do resto do mundo forem eliminados.

Luciano Harary

São Paulo

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CRISE CLIMÁTICA

Para todos aqueles que ainda fingem ou não acreditam no aquecimento global, apesar de não entenderem nada do assunto, infelizmente a mãe Terra está nos dando uma amostra no Rio Grande do Sul, em particular Porto Alegre e cidades vizinhas. No ano passado, na tragédia em São Sebastião, São Paulo, me manifestei neste espaço, dizendo que o planeta Terra estava procurando o seu novo equilíbrio, de acordo com as leis da termodinâmica e que, neste ano, a situação seria pior ainda. A Terra, para a física, é um sistema termodinâmico fechado e vai seguir as suas leis até alcançar um novo equilíbrio. Não tem conversa e muito menos papo furado: o ano que vem, será pior ainda. Afinal, o que não falta são líderes ignaros que acreditam ainda poder inventar guerras, sem sofrerem as consequências por produzirem ainda mais gases do efeito estufa. Também existem outros, como o nosso presidente. Ele propõe o desmatamento zero na Amazônia até 2030. Me desculpe, mas é ridículo. Nós estamos atrasados em deixar de utilizar os derivados de petróleo e principalmente carvão – muito menos financiar suas minas deficitárias através das nossas contas de eletricidade –, como combustível. Parar de inventar guerras, muito menos. Não dá mais para ignorar a ciência. A ONU precisa rever suas diretrizes e acabar com o verdadeiro clube do bolinha, que são as cinco nações com vetos especiais no seu Conselho de Segurança, para colocar ordem nessa bagunça que virou o nosso único mundo.

Gilberto Pacini

São Paulo

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APAGÃO DO MEIO AMBIENTE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) não vai determinar um prazo para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acabar com a chuva no Rio Grande do Sul? Ou o apagão do meio ambiente nos últimos quatro anos só é do governo Jair Bolsonaro como ela está afirmando?

Carlos Gaspar

São Paulo

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SESC PINHEIROS

O Sesc constrói novas unidades, inaugura e reforma, mas a piscina do Sesc Pinheiros continua fechada desde agosto 2023, sem previsão de término da obra.

Etty Verissimo da Costa

São Paulo

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TRECHO DE OBRAS ENTREGUE EM SP

Obrigada prefeito Ricardo Nunes por entregar um trecho da Avenida Santo Amaro. Ficou uma maravilha!

Cleo Aidar

São Paulo