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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

(Des)controle de gastos

O jabuti

O arcabouço fiscal foi criado para gradativamente conter o déficit fiscal. Pois no quarto mês do ano em que ele entrou em execução já temos um jabuti ou jabuticaba para liberar R$ 15,7 bilhões extras para gastar livremente. Podemos continuar acreditando no ministro Fernando Haddad?

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Epidemia de dengue

O zumbido fatal

Os mosquitos transmissores da dengue continuam a voar baixo, atacando em todos os cantos do País. Os voos, embora curtos (100 metros a partir do nascedouro), são rasantes, miram os pés, tornozelos e pernas, e podem causar grandes transtornos. Nunca é tarde para relembrar, já que a amnésia é quase geral: água parada, sem os devidos cuidados, é o hábitat preferido do mosquito. Os casos já ultrapassam 3 milhões no Brasil, com cerca de 1.200 mortes. Porém, enquanto as vacinas andam a passos de tartaruga e os alertas do governo, de jornais, rádios e TVs são tímidos, quase inexistentes, o zumbido do transmissor, turbinado, continua a fazer muitas vítimas. Ao que parece, a recente e terrível pandemia de covid-19, cuja forma de combate à desgraça foi duramente criticada à época, nada ensinou, o zumbido está entrando por um lado do ouvido e saindo pelo outro.

Sérgio Dafré

Jundiaí

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A urgência da dengue

Notícias no Estadão de 10/4: Governo reduziu em 58% gasto com campanhas contra dengue em 2023; e Secretária (de combate à dengue) tira férias, em meio à epidemia. Onde estão os arautos da esquerda que classificavam as medidas de combate à covid como genocídio?

Sergio Cortez

São Paulo

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Congresso Nacional

Chiquinho Brazão

Cerca de 200 deputados, entre votos, abstenções e ausências, foram contrários à prisão do deputado Chiquinho Brazão, provável mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Ou seja, o que interessa a um enorme número de deputados são apenas os interesses corporativos de uma classe de privilegiados e impunes políticos.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro

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Sergio Moro

Toneladas de jabuticabas

Sergio Moro, eleito senador com quase 2 milhões de votos, conseguiu algo inédito na política contemporânea brasileira: ser odiado com igual intensidade tanto pelo PT, de Lula, como pelo PL, de Bolsonaro, origens do pedido de sua cassação, a ponto de os advogados de ambas as agremiações afirmarem que farão recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o resultado do julgamento em que o ex-juiz foi inocentado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, acusado de abuso do poder econômico nas eleições de 2022. Cenário digno de ser emoldurado por toneladas de jabuticabas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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Recurso ao TSE

Creio que no TSE, em Brasília, o senador Sergio Moro dificilmente terá seu cargo mantido. Aqui, em Curitiba, o TRE votou pela manutenção, mas muitos integrantes da Corte são compadres do então juiz, então a votação foi mesmo uma lavação de mãos.

Célio Borba

Curitiba

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Indicação política

Os dois juízes do TRE do Paraná que votaram pela cassação do mandato do senador Sergio Moro foram indicados por Lula da Silva. Comprovadamente, a Justiça brasileira não é cega.

José A. Muller

Avaré

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Raposo Tavares

Obra de grande porte

Como morador há mais 40 anos na região, vejo que há alguns gargalos que, se resolvidos, dariam maior fluidez ao tráfego da Rodovia Raposo Tavares. Mas, certamente, uma obra de grande porte, envolvendo bilhões de reais, cintila mais aos olhos de nossos governos. O cronograma para essa intervenção já está previsto: 1) definição dos locais das praças de pedágio; 2) construção das praças de pedágio; 3) entrada em operação das praças de pedágio; 4) cobrança dos pedágios; 5) operação maquiagem, ou seja, tapa-buracos e corte de mato ao longo da rodovia; 6) reajuste do preço do pedágio; 7) nova operação maquiagem; 8) reforma das praças de pedágio... E assim será, como na imensa maioria das concessões de rodovias.

Jorge Luiz de Andrade

Jandira

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MUSK x MORAES

É inconcebível que, diante do ataque do bilionário Elon Musk a uma instituição brasileira (no caso, o Supremo Tribunal Federal (STF) na pessoa do ministro Alexandre de Moraes), uma parcela de brasileiros apoie o estrangeiro, chegando ao absurdo de deputados federais direitistas concederem moção de aplauso e louvor pela sua ousadia.

Jorge de Jesus Longato

São Paulo

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EMBATE INTERNACIONAL

A intromissão do empresário Elon Musk no Brasil, sem qualquer respaldo legal, ofendendo e achincalhando o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, respingou até mesmo nos ânimos dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Na verdade, o PL das Fake News, desde 2021, aguarda regulamentação, mas não houve interesse e deu no que deu. Musk gosta de levar pessoas à Lua em seus foguetes e construir carros autônomos, mas não tem coragem de enfrentar o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, pois não é tão louco assim. Na verdade, para aumentar sua projeção comercial, resolveu se intrometer no País. Afinal, se ele não for colocado no seu devido lugar, teremos mais problemas por aqui. Fora “X” e fora Musk. Os brasileiros não precisam de vocês!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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DELÍRIOS DE MORAES

Parabéns ao sr. J. R. Guzzo pela coluna sob o título Moraes comete delírios e busca se mostrar como ‘macho alfa’ da democracia em ações contra Musk (Estado, 10/4). Expressa de forma clara, objetiva e verdadeira o impasse entre ele e o ministro Alexandre de Moraes. O Sr Guzzo é, acima de tudo, um comunicador. Portanto, com obrigação moral e ética de transmitir aos leitores (não afeitos à termos técnicos e rebuscados) suas análises e opiniões. Aliás, corretíssima essas do dia 10. Eu diria que foi até um pouco tímida, diante das disparidades cometidas quase que rotineiramente por esse ministro. Parabéns ao Estadão, esforçando-se para “não perder de vista” a tradição dos Mesquitas. Liberdade (decente) de expressão.

César Eduardo Jacob

São Paulo

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ARBITRARIEDADES

Diz um ditado popular que “sapo de fora não chia”. Mas diante de tantas arbitrariedades cometidas pelo STF, que não vem fazendo o seu precípuo papel de defender a Constituição, muito pelo contrário, passa por cima das leis, com a narrativa de defendê-la e fazer respeitar as instituições democráticas, o que nos resta? O cinismo é cruel. Fazem exatamente o contrário: mandam investigar, prender, soltar (no caso os corruptos), multar (multas milionárias), cassar mandatos (pasmem, e o Congresso omisso), e até indiciar militares de alta patente, que em recente pronunciamento o senador Hamilton Mourão afirmou que nem Hitler teve tais atitudes. A pergunta é: quem pratica o golpe contra as instituições? Quem falava esbravejando mas dizia que estava sempre jogando dentro das quatro linhas? Diante de tanta censura no Brasil, as críticas vêm de fora, como Elon Musk, o bilionário, que detém a plataforma X nas redes sociais. As críticas e comentários sobre a politização do Poder Judiciário vem de jornalistas fora do País, alguns com pedidos de prisão! Chegamos à conclusão que a censura e o autoritarismo aperta o cerco e só nos resta, contrariando o ditado popular, contar com “o sapo de fora que pode chiar”.

Gilberto Ruas

São Paulo

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NARRATIVA DO CONGRESSO

Se o nosso Congresso funcionasse para o fim que foi criado, não haveria necessidade de ninguém falar por ele.

Nelson Falseti

São Paulo

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JUSTIÇA

O Brasil deu o primeiro tiro na guerra contra a corrupção generalizada no governo: manter na cadeia o parlamentar mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco foi uma grande vitória. Os legalistas de plantão devem entender que uma pessoa que tem o poder de mudar o chefe da polícia para acobertar suas ações criminosas não pode responder ao processo em liberdade. Não cabe nem pensar em imunidade parlamentar para crimes de morte. O ex-presidente Jair Bolsonaro tentou impor ao País as regras de governança das milícias criminosas, seus seguidores estão inconformados com a prisão do comparsa Chiquinho Brazão, principalmente aqueles que comemoraram o assassinato de Marielle Franco, quebrando a placa em sua homenagem.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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O QUE VAI ACONTECER?

Em relação ao editorial Vitória da inteligência (Estado, A3, 11/04), gostaria de tecer os seguintes comentários: basta ver o editorial seguinte a este que está sendo comentado para notar que, no Brasil, as coisas não são tão simples assim. Sem carta branca total para as equipes da força-tarefa e a devida proteção contra todo tipo de influências externas negativas, o que vai acontecer quando as investigações começarem a apontar os líderes destas engenhosas quadrilhas? A equipe da força-tarefa será desencorajada, ou até desfeita por “forças ocultas”? Será que corremos o risco dos eventuais condenados saírem pela porta da frente e o dinheiro desviado ser até devolvido, acompanhado de pedidos oficiais de desculpas? É sempre louvável a ação firme e consistente do poder público contra o crime organizado, porém não se deve ter a ingenuidade, como na época da Operação Lava Jato, de que realmente os resultados buscados serão atingidos. Muito pelo contrário, pois os criminosos e seus apoiadores têm dinheiro de sobra e são numerosos, organizados e muito bem conectados. Assim sendo, infelizmente quando se olha o quadro geral o crime organizado parece estar sempre vencendo a guerra, pois é favorecido por um arcabouço institucional extremamente frágil, por uma administração federal fraca na área da segurança pública, além de uma Justiça para lá de morosa e que, aos olhos dos cidadãos e cidadãs comuns, muitas vezes parece inconsistente e pouco confiável quando finalmente chega a hora de julgar e condenar os “peixes graúdos”. Até quando? Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

São Paulo

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NOVO SISTEMA

Observando o que vem acontecendo em nossa República, temos criado um sistema de triunvirato, com três pessoas compartilhando o mais alto poder político: Lula da Silva (prometendo), Alexandre de Moraes (punindo) e Fernando Haddad (cobrando). Assim, nós apelamos para que todos os santos nos protejam e salvem.

Carlos Gaspar

São Paulo

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VOTAÇÃO NA CÂMARA

A posição da bancada de extrema direita tentando proteger o mandante do bárbaro crime que vitimou a brava vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, deputado Chiquinho Brazão, é uma vergonha para a Câmara de Deputados. Felizmente, a maioria não se colocou como sua defensora, cuja cassação é uma exigência nacional.

Sylvio Belém

Recife

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URGE PRUDÊNCIA

Segundo o IBGE, no mês de março a inflação desacelerou e ficou em 0,16% (no mês de fevereiro foi de 0,86%) contra a expectativa do mercado de 0,24%. A boa notícia é que no acumulado de 12 meses, finalmente, a inflação ficou em 3,93%. Porém, distante da meta perseguida pelo Banco Central, de 3%. Mas nem tudo são flores. Com o Planalto, acéfalo no diálogo com o Congresso, que não privilegia austeridade com recursos dos contribuintes, e não cria condições sustentadas para o equilíbrio fiscal, a continuidade da desaceleração da inflação e cortes maiores da taxa Selic, pelo BC, ficam ameaçados. Até porque, com a economia alavancada, a inflação cheia nos Estados Unidos subiu de 3,2% para 3,5% em março, e os juros por lá não devem começar a cair como era esperado para junho. As reações negativas já começaram, com a nossa bolsa despencando e o dólar subindo. Neste sentido, urge prudência ao nosso governo porque coisa boa não vem por aí.

Paulo Panossian

São Paulo

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LEI DE COTAS

Se na Constituição brasileira consta a cláusula pétrea de que “todos são iguais perante a lei” com direitos e obrigações, não faz sentido cota para isso ou cota para aquilo. A discriminação das cotas é um claro atestado da ineficiência e da baixa qualidade no ensino no Brasil disponibilizado pelo governo. A educação é fundamental, o motor básico para o Brasil alçar voo.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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SEMPRE ATRASADOS

Gostei muito do editorial intitulado Nos EUA, justiça; no Brasil, impunidade (Estado, A3, 114). Infelizmente a realidade aqui é vergonhosa. Nos EUA existe Justiça até para as pessoas e empresas mais importantes, caso da empresa suíça Trafigura, uma gigante. Espero que no futuro ainda haja uma mudança de cultura aqui no Brasil, senão estaremos sempre atrasados.

Christian Robert Seiler

São Paulo

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REDUÇÃO DA CAMPANHA

Causa espécie e indignação o fato de o governo Lula 3 ter reduzido de forma irresponsável nada menos que 58,5% do valor gasto com campanhas de comunicação para prevenção e conscientização sobre a dengue em 2023, mesmo tendo sido alertado diversas vezes de que a epidemia poderia alcançar um número recorde de casos em 2024 e a prevenção deveria ser intensificada antes da chegada do verão. Para efeito de comparação, enquanto em 2022, último ano do governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde investiu R$ 31,6 milhões, no primeiro ano de mandato de Lula, em 2023, o valor chegou a apenas R$ 13,1 milhões. O presidente petista, que cansou de criticar com toda a razão a criminosa política bolsonarista de ignorar a ciência e pregar contra a eficácia da vacina contra a epidemia de covid-19, que causou a morte de mais de 700 mil pessoas, merece repúdio e toda sorte de críticas por ignorar o surgimento da epidemia de dengue que mata sem dó nem piedade. Vergonha!

J. S. Decol

São Paulo

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USO DE ALTO-FALANTES

No governo do ex-prefeito Gilberto Kassab se promulgou uma lei proibindo alto-falantes em carros, mas não está sendo cumprida. Por quê? Por que nós paulistanos, que já sofremos o dia inteiro com a poluição sonora, como por exemplo, no bairro de Moema, onde resido, não temos direito ao sossego? O carro da pamonha passa depois das 19h! Não bastam os aviões que decolam e pousam o dia inteiro de Congonhas e a profusão de novas edificações? Vivemos num inferno durante o dia e, à noite, temos de aturar a frota dos carros da pamonha, que invade todos os bairros em horários inapropriados. Por que a Prefeitura não toma uma providência? Os paulistanos pedem socorro, urgente!

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

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PROBLEMAS NO TRÁFEGO

Desde o início da semana estou pedindo para a Prefeitura pelo 156 para consertarem o semáforo de pedestre no cruzamento das avenidas Nossa Senhora do Ó, altura do número 560 com a Clavásio Alves da Silva, bairro do Limão, e até hoje nada foi feito (Protocolo B77390569). Trata-se de um local de escolas onde todos estão atravessando no meio dos carros. É um cruzamento de tráfego intenso com semáforo de quatro fases. Peço a gentileza de nos auxiliarem neste processo, somente o de pedestre está com problema, o de veículos está normal.

Tânia Gorodniuk

São Paulo