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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
7 min de leitura

População de rua

Solução insuficiente

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou, em agosto, que o governo federal elaborasse um plano de ação e monitoramento para a efetiva implementação da Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPR). Por causa disso, o presidente Lula assinou decreto que regulamenta a Lei Padre Júlio Lancellotti, que tem como objetivo proteger moradores de rua ao vedar o uso de estruturas chamadas “hostis” em espaços públicos destinadas a afastar essas pessoas desses locais. Lula anunciou, também, o lançamento do Plano Ruas Visíveis, que terá verba de R$ 982 milhões para a construção de moradias. Essas duas ações são fundamentais, sem dúvida, para mitigar a miséria. Entretanto, a população de rua, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cresceu dez vezes em dez anos, no País inteiro, e só o Município de São Paulo já contabiliza perto de 60 mil pessoas nessa condição. É uma situação degradante para todos, que não melhora nem se estabiliza, só piora a olhos vistos. Não há solução mágica, é verdade, mas tanto a determinação do ministro quanto as ações de Lula e do padre são meras tentativas de resolução, insuficientes para sequer começar a resolver o problema. É triste, desesperador.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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O PT e a Economia

Realidade fiscal

Se eu fosse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria pedido demissão depois do fim de semana passado. Não faz sentido se humilhar e permanecer num governo quando você é sistematicamente desautorizado por outros membros do seu partido. Pior: Haddad pode se tornar, caso a economia naufrague, numa espécie de bode expiatório, culpado por todos os males no Brasil. Evidentemente, este eventual naufrágio será culpa da falta de irresponsabilidade fiscal, mas, se os fatos contradizem a narrativa do grupo de Gleisi Hoffmann e José Guimarães, pior para os fatos. Em todo caso, fico feliz que eu sou eu e Haddad é Haddad.

André Zille

andre92cyber@hotmail.com

Belo Horizonte

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Dilma premiada

Incrível a louvação da incompetência. Dilma Rousseff foi eleita Mulher Economista de 2023. Segundo comunicado do Conselho Federal de Economia (Cofecon), a escolha de Dilma “reflete o reconhecimento do seu legado e expertise no campo econômico, bem como seu papel fundamental na formulação e implementação de políticas que moldaram a trajetória econômica do Brasil”. A solenidade de entrega do prêmio será em 2024, em data ainda a ser confirmada, juntamente com a solenidade de posse da nova diretoria do Cofecon (Estadão, 12/12). Legado? Expertise? Lula, substitua rapidamente o ministro Fernando Haddad por esta incrível e sapiente senhora, de viés cognitivo Dunning-Kruger, antes que a impaciência na condução da política econômica estoure o Brasil. Ela salvará a Pátria, como o Cofecon faz crer que ela já fez no passado.

Filippo Pardini

filippo@pardini.net

São Sebastião

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Petros

Recursos para o PAC

Mais uma vez os olhos gulosos de políticos se voltam para a Petros, o fundo de previdência da Petrobras, na esperança de obterem verbas para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na verdade, a Petros atualmente só mantém a fama de um grande baú onde o governo mete a mão sempre que necessita de capital de risco para empreendimentos popularescos. Nós, assistidos da Petros, amargamos todos os meses descontos nos nossos contracheques por causa desses investimentos. A coisa está tão ruim que ouvimos insistentes boatos sobre perda do patrocínio. Portanto, calma, minha gente. A Petros é, antes de tudo, uma previdência privada – só pode investir com garantia de retorno.

Nestor Rodrigues Pereira Filho

nestor.filho43@gmail.com

São Paulo

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Venezuela-Guiana

Base dos EUA

Diante da ameaça venezuelana, o presidente da Guiana já começa a pensar numa base militar dos Estados Unidos em seu território. A Nicolás Maduro vale o alerta: quem procura acha. Se eu fosse ele, pararia de procurar enquanto é tempo. Antes que caia de maduro.

Milton Cordova Junior

milton.cordova@gmail.com

Vicente Pires (DF)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MINISTRO SEM VOTO

Não votei em nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), porém eles passaram, com poucas exceções, a formar “maioria” para votar as ações que o governo federal deseja e impõe. E os deputados federais e senadores que receberam nossos votos, acham isso tudo normal? Cuidado!

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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DINO E LEWANDOWSKI

Flávio Dino sai de ministro da Justiça para ministro do STF no lugar de Ricardo Lewandowski, e este para o lugar daquele? Falta gente nova para esses cargos nomeados apenas por mérito? Cada um vai levar seus “assessores”? É muita política para pouca justiça!

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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VOTO DE MINERVA

O muito bem colocado e erudito artigo do ilustre advogado José Roberto Batochio, sobre a “sabedoria do voto de Minerva” (Estado, 12/12, A4), deverá inspirar o STF, que agora será convocado para julgar a decisão do governo a respeito do golpe aplicado no Carf, que anulou séculos dessa boa prática jurídica.

Rosangela Delphino

touligada@hotmail.com

São Paulo

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LULA E MILEI

Ótimo, o texto O fígado como conselheiro (9/12, A20). Se estadista Lula fosse, teria ido à posse de Javier Milei e, num gesto cordial, lhe desejaria boa sorte. Não se esqueça, Lula, de que a Argentina nos deve muito dinheiro, e não é com picuinhas que vai quitar. Se realmente tivesse tino de um bom negociador levaria em conta qu mais vale um Milei na mão do que “mileões” voando.

Sérgio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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ECONOMISTA DO ANO

A sra. Dilma Rousseff foi eleita “a economista de 2023″. É, pois é. O Brasil é mesmo o país do futuro. Tenebroso...

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

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VOTO DE PROTESTO

Dilma Rousseff foi eleita “mulher economista 2023″ pelo sistema Cofecon/Corecons, que reúne o Conselho Federal de Economia e os Conselhos Regionais de Economia. Essa eleição lembra muito a da rinoceronte Cacareco para a Câmara Municipal de São Paulo, em 1959, que foi um voto de protesto da população, insatisfeita com os políticos da época. Imagino que os representantes desses “conselhos” de economia, insatisfeitos com os rumos da nossa economia, principalmente nos governos petistas, tenham feito um voto de protesto ao elegerem a sra. Dilma Rousseff.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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TAXA BÁSICA DE JUROS

Persiste a tola ilusão, aqui neste solo tupiniquim, de que a taxa básica de juros, a chamada taxa Selic, seja instrumento de controle da inflação. Os juros pagos são sensivelmente maiores do que a Selic. Os juros recebidos são menores do que este naquilo que é poupança preventiva em sua forma mais comum. A Selic aumenta quando aumenta a inflação para proporcionar remuneração real aos rentistas que aplicam em títulos da dívida pública. Simples assim.

Fauzi Timaco Jorge

fauzijorge@gmail.com

São Paulo

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PARCELAMENTO SEM JUROS

Há situações nas quais os mortais escolhem ser enganados. Eis uma nova modalidade de ópio do povo: o parcelamento sem juros. Para qualquer indivíduo medianamente instruído, não faz o menor sentido afirmar que um produto ou serviço tenha o mesmo preço caso pago à vista ou em cinco, seis ou dez parcelas iguais. Os lojistas sabem perfeitamente disso. O parcelamento é uma forma de facilitar as vendas, uma vez que as parcelas caberão no orçamento dos compradores, incapazes de pagar à vista, mas felizes por poder, assim mesmo, realizar seu sonho de consumo. Mas os juros estarão lá, engordando as prestações iguais. Aceitar o pagamento à vista, com desconto, significaria confessar que o generoso parcelamento nada mais é do que, repetindo, a admissão da existência de juros. Para encurtar, é preciso acabar com a expressão “sem juros”, admitir a verdade, não trombetear tratar-se de uma conquista do povo brasileiro. É espantoso que parlamentares endossem esse engodo, como no recente “informe publicitário” publicado no Estadão.

Alexandru Solomon

alex_sol@terra.com.br

São Paulo

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CONSUMIDOR

O governo federal possui um aplicativo denominado Consumidor.gov.br cujo propósito é meritório, visando a facilitar o acordo ou negociação entre fornecedores e consumidores quando surgem questões a serem resolvidas. Pelo menos pensei que assim fosse. Perdi muito tempo tentando acessar esse aplicativo pelo Gov.br. Após penosa burocracia, consegui enfim o acesso. Mas ocorre que no conteúdo do aplicativo há questões que impedem sua utilização, como perguntas inadequadas, anexação de arquivo de fotos que não está operante e um excesso absoluto e irrazoável de mais burocracia. Desisti de minha reclamação. Para minha surpresa, recebi um e-mail dizendo que alguém supostamente havia entrado com meus dados no aplicativo. Ora, isso é abuso da paciência de qualquer brasileiro que vê o dinheiro público mal utilizado dessa maneira. O Brasil é muito atrasado em tecnologia da informação, e esse aplicativo é grande prova disso.

Ademir Valezi

valezi@uol.com.br

São Paulo

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RICARDO NUNES

Para tentar se reeleger, o prefeito paulistano Ricardo Nunes, a toque de caixa, resolveu mostrar sua eficiência administrativa. Recapear ruas – que se desfazem após a primeira chuva – e complicar ainda mais o caótico trânsito para “camuflar” as obras abandonadas desde a sua posse. Agora, a novidade é a “tarifa zero” aos domingos para obter o voto dos mais vulneráveis. Já sobre as obras da Avenida Santo Amaro o prefeito continua calado, sem previsão de entrega, como outras mais.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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ACIDENTE NA ESTRADA

Mais um acidente grave, com vítima fatal, na Grajaú/Jacarepaguá, uma estrada mal projetada e sem um asfalto aderente: quando chove se transforma em um tobogã mortal e a Prefeitura do Rio nada faz para melhorar as condições da pista. Um absurdo!

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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OBRAS ELEITOREIRAS

Para o cidadão, não tem nenhuma diferença entre obras do PAC e emendas de parlamentares, todas são obras eleitoreiras, sem critério técnico e com seus términos de olho no calendário eleitoral, conforme afirmou o próprio líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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CASO JOSÉ DIRCEU

Os políticos poderosos continuam sendo inocentados pela nomenclatura. Agora é o caso de José Dirceu sendo absolvido de um caso de lavagem de dinheiro de propina que, no entendimento do juiz Fábio Nunes de Martino, o crime deveria ser tipificado como de corrupção. A leitura do Ministério Público Federal estava errada! Ele está sendo inocentado mesmo com o juiz reconhecendo ter sido praticado um crime. Como entender isso?

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

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AUTORIZAÇÃO DA BRASKEM

Eu conheço pessoas que demoraram quase dois anos para conseguir autorização do poder público para cortar algumas árvores em um loteamento. Agora, saber que uma Braskem recebeu autorização para fazer dezenas de buracos à beira-mar e ao lado de uma lagoa natural e há quase meio século aprofunda esses buracos sem que ninguém a incomode mostra que parte dos cidadãos são de primeira classe e que a maioria são de terceira classe.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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REDE TÊNIS BRASIL

Fico muito feliz que minhas ídolas Bia Haddad e Luisa Stefani integram um projeto importantíssimo para popularizar e incentivar o tênis no Brasil. Lembremos que esporte não é apenas competição, mas também inclusão social (Estado, 11/12, A22). Que o projeto cresça, transforme esse belo esporte e consiga fugir dos desvarios financeiros que contaminam outras modalidades.

Adilson Roberto Gonçalves

prodomoarg@gmail.com

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