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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Crime organizado

(In)segurança pública

Facções se infiltram no poder local para capturar contratos (Estadão, 19/2, A7 e A8). Cumprimento a valorosa equipe do Estadão – da direção até o mais singelo dos participantes – pela série de reportagens iniciada nesta semana sobre a associação de facções criminosas com políticos e prefeituras visando a arrebatar dinheiro público e lavar o resultado do tráfico de drogas e outros crimes, para o emprego destes recursos na eleição de vereadores e até de prefeitos comprometidos com o crime. Esse levantamento de fôlego, em dimensão nacional, deverá fazer muito bem ao País. Espero que os Tribunais de Contas, o Ministério Público, as diferentes instâncias do Judiciário e todos os encarregados da defesa do Estado e da sociedade tomem conhecimento e as providências que lhes são de direito e obrigação. O princípio jurídico da notitia criminis lhes dá condições de agir a partir do momento em que o fato lhes chega ao conhecimento. Que o façam e salvem o País de mais este achaque.

Dirceu Cardoso Gonçalves

tenentedirceu@terra.com.br

São Paulo

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Crise Brasil-Israel

União e reconstrução?

A sequência de comportamentos e declarações inadequados e inoportunos do presidente da República, que expõe a diplomacia brasileira a embaraços aviltantes, pode repercutir além da esfera diplomática e afetar os negócios, especialmente com o Ocidente. Certamente, muitos eleitores foram às urnas em 2022 com o ímpeto de afastar do Planalto Jair Bolsonaro e sua habitual estultice, que levou o País a ter rusgas com nada menos que seus três maiores parceiros comerciais: China, EUA e Argentina. Lula reprisa o mesmo comportamento indecoroso de Bolsonaro. As eleições passaram, mas o palanque segue armado e as narrativas ideológicas não dão trégua. É nestas horas que o brasileiro deve se lembrar de que um pouco de pragmatismo pode ser bom até para os populistas. O tradicional “seguimos acompanhando atentamente e com preocupação” nunca nos trouxe malefícios. A expressão cunhada pelo Estadão, Vandalismo diplomático (editorial de 20/2, A3), não poderia ser mais precisa.

Guilherme Gentil Leal

ggentilleal@gmail.com

São Paulo

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Efeito eleitoral

O povo cristão evangélico se considera da estirpe espiritual do povo de Israel. A caminhada de fé dos israelitas relatada no Antigo Testamento bíblico continua no presente, nos pés dos fiéis das igrejas protestantes históricas e pentecostais. Mexer com Israel significa mexer com o povo cristão evangélico. Lula, que abriu mão de governar para turistar ao lado de Janja e proferir sandices apopléticas, tornou-se persona non grata para Israel e um anticristo para o povo cristão evangélico, que interpretará o voto em Lula ou em qualquer aliado seu como um voto no capiroto.

Túllio Marco Soares Carvalho

tulliocarvalho.advocacia@gmail.com

Belo Horizonte

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Antissemitismo

Celso Lafer (Antissionismo como antissemitismo, Estadão, 18/2, A4) esclarece devidamente que antissionismo é uma forma de antissemitismo. Nenhuma nação recebe críticas que lhe neguem direito à existência, o que só ocorre com a população judaica de Israel. Nas universidades brasileiras, professores que deveriam ser bem informados e pautados por fatos históricos e políticos promulgam desavergonhadamente o slogan cínico e perverso, repetido pelos alunos. “Eu não sou antissemita, sou antissionista” é proferido covardemente por aqueles que não assumem a negação e a repulsa aos judeus. Esse discurso recorrente precisa ser denunciado e contestado, revelando sua raiz oculta.

Liliana Wahba

lilwah@uol.com.br

São Paulo

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Dengue

Inação da Prefeitura

É inacreditável: a dengue causando estragos, e a Prefeitura de São Paulo parece fazer pouco. Fiz várias reclamações pelo site da Prefeitura quanto a uma casa abandonada na Rua Dr. José Augusto de Queiroz, Cidade Jardim. Imóvel totalmente descuidado, cheio de poças, com uma piscina descoberta. Já até pulei o muro para jogar cloro por lá. Providências da Prefeitura? Zero. No próprio site pude constatar que uma das reclamações aparece com status de 252 dias de atraso. Isso além do absurdo prazo de dois meses para as providências, estipulado também pela Prefeitura. Será que os Aedes aegypti aguardam esse tempo para começarem a transmitir a doença?

Afranio Affonso Ferreira Neto

aaf@maaf.com.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

REESCREVER O PRESENTE

O ex-chanceler Celso Amorim disse que “a fala do Lula sacudiu o mundo e desencadeou um movimento de emoções que pode ajudar a resolver uma questão que a frieza dos interesses políticos foi incapaz de solucionar”. Quer dizer que agora a nefasta, irresponsável, inaceitável fala de Lula é que vai resolver o conflito na Faixa de Gaza? Ora, faça-me um favor, sr. Celso Amorim, nós já estamos cansados do lulopetismo tentar reescrever a história do passado e agora vocês querem reescrever o presente também? Lula, hoje, não sacode nem o seu cercadinho, quanto mais o mundo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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FATOS INCOMPARÁVEIS

Sugiro ao “sêo” Celso retornar aos bancos escolares, pois o despautério que diz, seja para a imprensa, seja para assessorar o presidente da República – outro que também deveria retornar urgentemente à escola, a partir do fundamental I –, comprova que ambos devem ter faltado às aulas de Português e de História. Alegar que o “sêo” da Silva apenas “citou” fatos históricos é tão mentiroso, tão absurdo, tão ridículo, tão infantil, que deixa claríssimo que o “sêo” Celso ignora o significado do verbo “citar”. O que o “sêo” da Silva fez, na realidade, foi comparar fatos absolutamente incomparáveis, o que mostra que o “sêo” Celso também ignora o significado do verbo “comparar”. E comparar o que Hitler fez com os judeus e outras minorias durante a 2.ª Guerra Mundial com danos colaterais de uma operação que Israel foi obrigado a desenvolver para defender seu país e seus cidadãos da destruição jurada pelos terroristas do Hamas bem mostra a qualidade da moral e da cultura que esses “sêos” têm na cabeça. A pergunta que cabe é como pessoas com esses cabedais podem estar à testa de um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e mais de 210 milhões de habitantes.

Lionel Zaclis

lionel.zaclis@gmail.com

Itu

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POLÍTICA EXTERNA

Quem orienta e conduz nossa política externa? O Itamaraty ou Celso Amorim? Quem sintoniza a verborragia impulsiva do presidente, que tanto pode externar visões pessoais do mundo quanto distorções baseadas em análises superficiais? Quando falamos de “República de bananas”, creio que estamos refletindo essa realidade. Iniciativas pessoais momentâneas, ao invés de políticas perenes baseadas no interesse nacional, nos carimbam neste escaninho pejorativo.

Eduardo Aguinaga

eduardo.aguinaga22@gmail.com

Rio de Janeiro

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ENTORNO DO PRESIDENTE

Não bastasse a fala grotesca de Lula comparando as ações de Israel sobre Gaza com o extermínio de judeus pelos nazistas, o entorno dele, no afã de não deixar o presidente isolado, passou a defendê-lo usando de justificativas no mínimo risíveis. A primeira dama, Janja da Silva, disse que Lula fez referência ao governo de Netanyahu, não ao povo judeu. Não se trata disso; a comparação em si é que foi imprópria e atingiu sim o povo judeu. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, chamou o primeiro-ministro israelense de truculento por declarar Lula persona non grata em Israel. Lula ofendeu a comunidade judaica mundial e, neste momento, são pouquíssimos os judeus que não o consideram persona non grata, e isso não é truculência. O ex-ministro José Dirceu, por sua vez, chamou a reação à fala de Lula de “hipocrisia”. Que moral tem o mentor do mensalão e um dos maiores beneficiários do petrolão em apontar a hipocrisia dos outros? Se a fala de Lula já foi por demais infeliz, a de seus defensores são uma comédia.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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MORTES RELATIVAS

Fazem quase três anos de quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia, provocando até hoje mais de 100 mil mortes, entre eles “mulheres e crianças”, e não vimos o presidente Lula da Silva se indignar. Mas quando Israel foi atacado pelo Hamas, grupo reconhecidamente terrorista, matando e sequestrando mulheres e crianças, e se defende, para ele torna-se “genocídio”? Quer dizer que para Lula existem “morte de mulheres e crianças relativa”? A conferir.

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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GOVERNO DE ISRAEL

O governo brasileiro acertou ao puxar as orelhas do “atual governo” de Israel pelo crimes que comete contra seus vizinhos. Não entramos no mérito do apelido dado ao recado enviado pelo Brasil, mas o “atual governo” de Israel não se interessa se são muitos ou poucos os humanos morrendo em virtude de sua sanha invasora e criminosa. Espera-se que os EUA façam o mesmo que o Brasil. E Europa também.

Pedro Sergio Sassioto

pssassioto@uol.com.br

São Paulo

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AJUDA AMERICANA

Se os Estados Unidos suspenderem temporariamente a ajuda militar a Israel, como estão fazendo com a Ucrânia, em pouco tempo o governo de extrema direita de Tel-Aviv será obrigado a reduzir a intensidade dos combates e ouvir mais e matar menos.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

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NOBEL SEPULTADO

O desastre foi grande. Deu PT: perda total. Por qualquer ângulo que se olhe a desnecessária e desatinada declaração de Lula sobre Israel, tudo são prejuízos. Nada se salva, nem mesmo o senil delírio de um Nobel da Paz, definitivamente sepultado.

César F. M. Garcia

cfmgarcia@gmail.com

São Paulo

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MIRA ERRADA

A ignorância pretensiosa exacerbada pela loquacidade inconsequente fez o Grande Sindicalista perder a mira. Apontando para um mais que reconhecido Nobel acaba acertando um anônimo persona non grata...

A. Fernandes

staandyball@hotmail.com

São Paulo

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BOCA FECHADA

Aconselho o cozinheiro do Palácio da Alvorada que coloque no cardápio o fruto abiu para servir no cardápio do presidente (fruto de leite viscoso que prende os lábios), para que pare de falar tanta bobagem.

Hamilton Penalva

hampenalva@gmail.com

São Paulo

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‘VANDALISMO DIPLOMÁTICO’

Certíssimo o editorial Vandalismo diplomático (20/2, A3), contendo procedentes e pesadas críticas à desastrada manifestação de Lula da Silva sobre a guerra entre Israel e Hamas, ao compará-la ao Holocausto nazista. Porém, há um equívoco na afirmação “De duas, uma: ou Lula é profundamente ignorante ou está de má-fé”, pois, inegavelmente são as duas.

F. G. Salgado Cesar

fgscesar@hotmail.com

Guarujá

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RETRATAÇÃO INTERNACIONAL

O editorial do Estadão Vandalismo diplomático falou pelos brasileiros. Pela gravidade da ofensa ao admirável povo judeu, atingindo inclusive o sentimento do povo que deveria representar, só existe uma forma de o Brasil se retratar: promover imediatamente o impeachment do presidente Lula.

Nilson Otávio de Oliveira

noo@uol.com.br

São Paulo

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APARTHEID E CRIMES DE GUERRA

Tecnicamente, goste-se ou não, para que aconteça um “genocídio” é necessária expressa intenção de eliminar determinada comunidade, grupo étnico, racial ou religioso. É o que a Turquia fez com os armênios em 1915 e o que a Alemanha fez com os judeus na 2.ª Guerra. O que acontece entre Israel e palestinos, há décadas, é apartheid (por parte de Israel) e crimes de guerra (por ambas as partes).

Jorge João Burunzuzian

burunlegal@hotmail.com

São Paulo

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PEDIDO DE DESCULPAS

Se Lula quiser dar “uma dentro”, poderia se desculpar, explicando que apenas errou na colocação do termo e que, assim como a Alemanha nazista já fez contra os judeus no Holocausto, Israel deveria agora, utilizando todos os recursos (inclusive de inteligência) possíveis, identificar e prender os terroristas do Hamas em meio à população de Gaza.

Euvaldo Rebouças Pereira de Almeida

euvaldo@uol.com.br

São Paulo

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VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

Seria ótimo se Lula lesse a mensagem do leitor Bernardo Szyflinger publicada no Fórum dos Leitores em 20/2 (Estado, A4). A ele e todas as vítimas do Holocausto nazista, só tenho uma coisa a dizer: Lula pode ser presidente do país em que nasci e resido. Mas ele não me representa. Jamais!

Luciano Nogueira Marmontel

automatmg@gmail.com

Pouso Alegre (MG)

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DESCULPAS A ISRAEL

Israel e os israelenses podem ter certeza de que a fala extremamente ofensiva do senhor presidente da República do Brasil representa a opinião pessoal dele, mas não a da imensa maioria do povo brasileiro. Se o presidente não se desculpará, nós pedimos sinceras desculpas à nação e ao povo israelense.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo