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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

STF

As conclusões de Lula

Sobre o que aconteceu no aeroporto em Roma, apenas com a chegada das imagens da Itália é que vamos saber em detalhes o que de fato aconteceu. Foram insultos? Houve agressão física? Houve danos materiais? Foi necessário atendimento médico? Até lá, pois, o que existe são os relatos do ministro Alexandre de Moraes e da família brasileira. É inadmissível, portanto, que um presidente da República venha a público e destile seu ódio dizendo: “Um cidadão desses é um animal, não é um ser humano. Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem de ser extirpada”. De onde ele concluiu que o cidadão não é um ser humano? De onde ele concluiu que o cidadão é um neofascista que merece ser extirpado? E como seria essa extirpação, no entendimento do presidente? Fuzilamento em praça pública? Um presidente que foi eleito porque prometeu pacificar o País não tem o direito de ser irresponsável e achar que a vida é um eterno “nós contra eles”. O “eles” seriam todos aqueles que não comungam das suas ideias, muitos que também não acreditam na sua inocência e outros que gostariam de ter um presidente que, de fato, pensasse no País, e não na sua eterna fome de poder custe o que custar.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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Busca e apreensão

Casal suspeito de hostilizar Moraes é alvo da PF (Estado, 19/7, A8). Se a suspeita de ocorrência de crime contra a honra for motivo de expedição de mandado de busca residencial, então podemos cravar que “a casa (não) é o asilo inviolável do indivíduo”, jogando por terra o estatuído na Constituição federal, artigo 5º, inciso XI.

Carlos Fernando Braga

cafebraga@yahoo.com.br

São Paulo

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Contas públicas

Tributos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca nichos que possa taxar e, assim, arrecadar mais (Estado, 20/7, B1). O alvo, agora, são os fundos exclusivos, não especificando se são de pessoas físicas, jurídicas ou fundos de pensão. Eu não consigo ouvir do governo uma palavra coerente no campo fiscal, na medida em que promove uma redução momentânea dos impostos das montadoras de veículos (diga-se poluentes, e não elétricos, para piorar) e nenhuma medida de redução de custos da máquina administrativa. Por exemplo, não há um esforço para negociar com o Congresso a fim de quebrar os penduricalhos que elevam os supersalários de servidores dos Três Poderes. Poderia ser um bom sinal, afinal, são injustos e indecentes.

Rodrigo Cezar Pereira

rodrig2705@gmail.com

São Paulo

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Cracolândia

No Bom Retiro?

Possível ida da cracolândia para rua do Bom Retiro preocupa comerciantes (Estado, 20/7, A14). Não bastou a destruição de bairros tradicionais como Campos Elíseos, Luz e entorno, agora a nova vítima provável da destruição será o Bom Retiro, um dos maiores centros do atacado de roupas e afins, com um comércio vibrante que atrai compradores de todo o Brasil, sem falar nas tradições culturais que abriga graças à presença de várias etnias que ali trabalham e contribuem grandemente para o progresso do Estado?

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

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Guerra na Ucrânia

Ataque ao porto de Odessa

Quando Vladimir Putin mandou seus mercenários do Grupo Wagner para a Síria, ninguém reagiu. Não foi diferente na Líbia, pois o petróleo líbio continua fluindo. A missão suja dos mercenários se repetiu na República Central Africana, em Mali e no Sudão. Percebendo a inércia do Ocidente e da Organização das Nações Unidas (ONU) e munido com o “poder de veto” no Conselho de Segurança, Putin avançou sobre a Crimeia e, oito anos depois, invadiu a Ucrânia. Na última etapa desta campanha criminosa, a Rússia bombardeou o porto de Odessa, destruindo 60 mil toneladas de grãos, suficientes para produzir 1,2 bilhão de unidades de pão francês, de acordo com o regulamento do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Eis o preço da conivência com o banditismo de Putin. Criamos um outro Führer, que leva seu país e o mundo para mais uma sangrenta guerra. Quantas barbaridades foram cometidas em nome do pragmatismo político!

Omar El Seoud

elseoud.usp@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

FALA SOBRE A ESCRAVIDÃO

O presidente Lula da Silva agradecendo à África “por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão” é quase tão ridículo quanto o juiz que não viu trabalho escravo no caso da senhora que trabalhou de graça desde os sete anos de idade. O presidente Lula, como muitas pessoas de idade avançada, está perdendo completamente a noção. Falar uma bobagem em tom solene soa ainda pior. Se continuar falando o que bem entender, vai voltar para a cadeia por seus próprios méritos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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VERGONHA ALHEIA

Lula continua acertando. Agradeceu os africanos por aprisionar e vender pessoas como escravos. Haja vergonha alheia e pano para passar.

Oscar Thompson

oscarthompson@hotmail.com

São Paulo

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INCONTINÊNCIA VERBAL

A incorrigível e folclórica incontinência verbal do presidente Lula foi responsável por uma das maiores gafes de seu primeiro ano de governo, quando disse, em visita de Estado à Namíbia, país do sudoeste africano, em novembro de 2003, “estar surpreso com a limpeza da capital Windhoek”. Como não tem controle sobre a própria língua e o que sai de sua boca, Lula cometeu outra gafe que vai entrar para a história da diplomacia brasileira, ao dizer em declaração ao presidente de Cabo Verde, na sua capital, Praiaque, “ter gratidão à África por tudo o que foi produzido pelos 350 anos de escravidão no Brasil”. Diante da lamentável, descabida e inapropriada fala, que evoca o vergonhoso e abominável regime escravagista adotado pelo País por mais de três longos séculos, cabe citar o velho dito popular: “Quem muito fala acaba dando bom dia a cavalo”.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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TRANSFERÊNCIA DA CRACOLÂNDIA

Tarcísio de Freitas quis transferir a Cracolândia para o Bom Retiro, ao invés de se preocupar com as pessoas que moram lá ou com os negócios que operam lá, com a recuperação do centro de São Paulo, com a criação de um lugar adequado para tratamento dos dependentes químicos ou com o que falou anteriormente. A aproximação a Lula não está lhe fazendo muito bem.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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O PROBLEMA SE ARRASTA

Autoridades cogitaram “instalar” a Cracolândia nas imediações de um centro de atendimento a usuários. Dentre os críticos, alguns são contra internação compulsória, já outros defendem a descriminilização do uso de drogas. Não há consenso algum, exceto o de que o problema se arrasta. E se agrava. Seria ótimo se cada um dos discordantes “adotasse” um usuário-dependente e o levasse para casa, resolvendo assim o transtorno que aflige parte dos que aqui vivem, isto é, resolvendo pelo menos um dos problemas do governador.

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

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BAIRRO DO GOVERNADOR

Sobre a transferência da Cracolândia do centro para o bairro do Bom Retiro, por que o governador não transfere para em frente à sua casa?

Vicente Oshiro

vfoshiro@yahoo.com.br

São Paulo

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BOM RETIRO

O governador do Estado anunciou e recuou sobre um projeto para a Cracolândia que, a meu ver, poderia terminar como as outras tentativas anteriores. A escolha desta vez foi o final da Rua Prates, no Bom Retiro, onde já existe uma unidade médica para tanto, em uma área de 11 mil metros quadrados. Trabalhei durante anos naquela região, onde se encontravam as principais unidades de manutenção da frota de veículos da Prefeitura, nas ruas Ribeiro de Lima, Afonso Pena e Prates. Quando a frota municipal própria foi desativada, para mim ficou evidente que aqueles prédios poderiam ser utilizados para acomodar os dependentes da Cracolândia. E a escolha do endereço da Rua Prates seria correta desde que se construísse ali um hospital especializado para atender e curar as vítimas das drogas. Não na rua, como todos os prefeitos e governadores anteriores fizeram. Afinal, seres humanos, vítimas de um vício muito difícil de ser vencido, jamais deveriam ser jogados de uma rua para outra sem mais. A existência do Batalhão de Choque Tobias de Aguiar (Rota) nas proximidades poderia afastar eventuais traficantes do local. Quanto a estes, que abastecem suas vítimas, deveriam ser investigados e presos de maneira a mais discreta possível, até conseguir tornar esse tipo de crime de tal forma arriscado que não valeria mais a pena.

Gilberto Pacini

pacini0253@gmail.com

São Paulo

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CAVALARIA DA POLÍCIA MILITAR

Não bastasse o lixo que se acumula na Rua Sete de Abril, em pleno centro da Cidade de São Paulo, diariamente cavalarianos da Polícia Militar passam com suas montarias e os cavalos defecam no asfalto. Em outros países, Inglaterra por exemplo, os cavalos têm coletores traseiros, para não emporcalhar as ruas. Se por questão de educação (e obrigação), quando saímos com nossos cães, recolhemos a sujeira feita, por que não há o mesmo tratamento e recolhimento das fezes dos cavalos? E qual a finalidade de se passar em rua como a Sete de Abril, a Xavier de Toledo, a do Teatro Municipal e a do Viaduto do Chá com cavalos? Sugestão: usem coletores, limpem ou passeiem em outro lugar.

José Pedro Vilardi

jpvilardi@terra.com.br

São Paulo

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FECHAMENTO DE ESTRADAS

Venho por meio deste jornal pedir a quem de direito das vias públicas, especificamente da via dos Bandeirantes, que avisem com antecedência a população sobre o fechamento de uma estrada de tal importância, seja por meio de rádio, jornal ou TV. Outro final de semana não consegui chegar a Itatiba pois a via Anhanguera estava parada de tantos veículos e caminhões. A causa era passeio de bicicletas na rodovia dos Bandeirantes! E ainda este mês teve outro fechamento da Bandeirantes para passeio com motos! Se as pessoas fossem devidamente comunicadas do fechamento, muito transtorno seria evitado.

Martha de Gennaro

marthadg@uol.com.br

São Paulo

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PRIVATIZAÇÃO DA SABESP

Não é de hoje que a proposta de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, circula nos corredores do Palácio dos Bandeirantes, mas o atual governo parecer ter uma obsessão pela venda da estatal. A Sabesp é uma companhia de capital de misto, com ações negociadas na Bolsa de Valores e tem o governo de São Paulo como acionista majoritário. A empresa é superavitária e é altamente atrativa, mas a sua venda, ainda que seja resguardado ao governo paulista o poder de veto em questões estratégicas, precisa ser minuciosamente analisada, estabelecendo critérios técnicos e, principalmente, de forma transparente. Não é verossímil, por exemplo, que a universalização do serviço só é possível com a privatização. Também não é verdade que só o capital privado pode oferecer produtos e serviços de qualidade, até porque a Sabesp é eficiente, precisa de ajustes, mas é uma referência no segmento em que atua. Tarcísio precisa ir com mais calma e menos afobação. Em São Paulo as concessões, permissões ou privatizações não podem ser conduzidas à moda Jair Bolsonaro. Aqui o debate tem de ser de alto nível.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

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PUNIÇÃO EXEMPLAR

Jair Bolsonaro deixou uma herança que faz com que muita gente ache que agredir verbalmente ou fisicamente faz parte dessa “liberdade de expressão” esquisita defendida pelo ex-presidente. Sem exageros ou vinganças é indispensável que os agressores de Alexandre de Moraes sejam punidos exemplarmente e que todos esses mesmos casos de violência deixem de existir.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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ESCOLA INTEGRAL

Escola integral é a solução para a educação no País, sem dúvida, não a estapafúrdia falácia cívico-militar. O que não pode é continuar usando a educação para dar mais penduricalhos salariais a militares com o sofisma de que disciplina traz aprendizado. Além disso, o paradoxo “inteligência militar” é comprovado cada vez que um dos representantes das Forças Armadas é colocado na gestão administrativa.

Adilson Roberto Gonçalves

prodomoarg@gmail.com

Campinas

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TORCIDA ORGANIZADA

Uma coisa é amar meu time, ir ao estádio com meus filhos e aceitar que existem torcedores e paixões por outros times, que um dia perdem e no outro ganham. Outra coisa é pagar para fazer parte de uma torcida organizada, cheia de criminosos que brigam, matam, usam drogas e não aceitam que se torça para outro time. Isso é crime, e quando faço parte disso sei que a qualquer momento posso morrer por minha ignorância e intolerância. Está na hora de repensar o que é o esporte!

Luiz Claudio Zabatiero

zabasim@outlook.com

São Paulo

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PRECONCEITO MACHISTA

Com o atual Campeonato Mundial de Futebol Feminino, que se inicia com 32 seleções, fica patente o antigo preconceito machista de que a mulher tinha limitações fisiológicas para a prática de atividades esportivas, fato que mereceu décadas atrás até um decreto do presidente Getúlio Vargas, regulamentando tal limitação. Atualmente, com o avanço da igualdade entre os sexos, tal preconceito machista ficou para trás. Esperemos que o exemplo do futebol feminino sirva de inspiração para que as limitações que as mulheres ainda sofrem em determinados setores desapareçam de vez da convivência entre os sexos.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro