Governo Lula
Lei das Estatais
Como muito bem detalha Diogo Mac Cord em seu artigo no Estadão (24/1, B2), em 2015 as estatais apresentavam prejuízo de R$ 32 bilhões. Tinham 550 mil funcionários, passivos de R$ 550 bilhões, e pagavam dividendos de apenas R$ 15 bilhões. Porém, após a aprovação pelo Congresso da Lei das Estatais, em 2016, a recuperação dessas empresas foi espantosa. Já em 2016, apresentaram lucro de R$ 4,4 bilhões; em 2017, mais R$ 25 bilhões; em 2018, outros R$ 71 bilhões; em 2019, R$ 99 bilhões. Em 2020, por causa da pandemia, a lucratividade diminuiu para R$ 61 bilhões, mas em 2021 cresceu para R$ 188 bilhões e, em 2022, o lucro foi de R$ 275 bilhões. O patrimônio líquido, que era de R$ 500 bilhões em 2015, subiu para R$ 850 bilhões. E pagamentos de dividendos para acionistas, incluindo o governo, subiram para R$ 232 bilhões. Mesmo assim, o número de funcionários despencou para 434 mil. E o endividamento caiu para R$ 293 bilhões. Mesmo sabendo que hoje, recuperadas, as estatais dão lucro, por que o presidente Lula da Silva deseja revogar essa ótima lei e acomodar políticos na direção? Se fosse um estadista preocupado em zelar o patrimônio público e desenvolver a Nação, jamais tentaria essa insanidade.
Paulo Panossian
São Carlos
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Guerra Israel-Hamas
Gostaria de parabenizar os dez advogados criminalistas pelo brilhante artigo do Espaço Aberto de 26/1 (As palavras – e o silêncio – importam, A4). Trata-se da dura realidade que Israel está enfrentando pelo simples fato de ter o direito de existir e de se defender. Deveria ser leitura obrigatória nas universidades e principalmente em Brasília, pelo nosso presidente da República.
João Pedro Portugal Chaskelmann
São Paulo
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USP, 90 anos
Inclusão no ensino superior
Acerta o editorial Aos 90 anos, a USP precisa avançar (25/1, A3) quando diz que as políticas de ensino superior exageram na ênfase na inclusão social. A mencionada análise do professor Simon Schwartzman foi publicada em 2011, e desde então o tema inclusão tornou-se onipresente no ensino superior público, até mesmo nas universidades de pesquisa. Dispensável ressaltar a importância da inclusão social, sobretudo em um país tão desigual como o nosso, mas descuidar das atividades-fim da universidade em detrimento de outras demandas pode comprometer o futuro das instituições. Comemoremos, pois, os 90 anos da melhor universidade da América Latina relembrando o artigo 2º do seu estatuto. “São fins da USP: promover e desenvolver todas as formas de conhecimento, por meio do ensino e da pesquisa; ministrar o ensino superior visando à formação de pessoas capacitadas ao exercício da investigação e do magistério em todas as áreas do conhecimento, bem como à qualificação para as atividades profissionais; e estender à sociedade serviços indissociáveis das atividades de ensino e de pesquisa”. O esmero pela excelência na execução dessas atividades-fim é que pavimentará a grande inclusão: a da USP no seleto grupo das melhores universidades do mundo.
Hamilton Varela,
professor titular da USP e diretor do Instituto de Química de São Carlos
São Carlos
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São Paulo
Programa Ruas Abertas
A Prefeitura testou o Programa Ruas Abertas na Avenida São João no último domingo, 21/1, do perímetro que vai do Minhocão até o Vale do Anhangabaú. Fabrício Cobra, secretário da Casa Civil, afirmou em reportagem do Estadão que “95% das pessoas foram favoráveis”. Onde consta essa informação? Foram desviadas 31 linhas de ônibus, afetando 90 mil usuários. A Avenida São João é composta por maioria de prédios residenciais. Projeto de Lei nº 594/13, dos vereadores Nabil Bonduki (PT) e Juliana Cardoso (PT), institui o Programa Ruas Abertas. A lei estabelece que “as subprefeituras devem indicar, no mínimo, uma Rua de Cultura e Lazer”. Já existem na área da Subprefeitura da Sé duas: Paulista e Liberdade. Por que fazer uma terceira rua aberta em avenida residencial, afetando milhares de usuários que necessitam se locomover em ônibus e milhares de moradores? Munícipes acionaram o Ministério Público, que abriu o Inquérito Civil nº 0279.0000017/2024 para apuração de responsabilidades.
Francisco Gomes Machado
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
INEXPLICÁVEL
Fora da realidade. Inexplicável. Um absurdo. Segundo vem sendo noticiado por órgãos de imprensa, na busca e apreensão feita pela Polícia Federal na casa, no apartamento funcional e no gabinete do deputado federal Alexandre Ramagem, foram encontrados celulares e notebooks da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Como é que bens do patrimônio público que estão sob gestão de um órgão público pode ser levado por um ex-servidor? Cadê o responsável pelo controle desse patrimônio? Parece mentira. Se for verdade esclareça por favor. Se a moda pega! Valdemar, me aprece que não é perseguição não.
Jeovah Ferreira
Distrito Federal
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PESSOA PEQUENA
Recentemente, um esclarecido missivista desta seção aludiu à incompetência de Guido Mantega ao ensejo da tentativa de Lula da Silva de impor essa figura na presidência da Vale. Em acréscimo, lembro que Mantega demonstrou ser uma pessoa pequena ao tentar dificultar – felizmente sem sucesso – a eleição de renomado economista israelense-brasileiro para presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Francisco Geraldo Salgado Cesar
São Paulo
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DECLARAÇÃO IMPERDOÁVEL
A sociedade de bem não preconceituosa, que tem como princípios básicos o pluralismo, a tolerância, a convivência harmoniosa de diferenças, aguarda do prefeito Ricardo Nunes a demissão imediata do famigerado petista José Genoino da Secretaria de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, depois de sua deplorável, condenável e imperdoável declaração antissemita de apoio ao boicote de empresas de judeus. Fora, Genoino!
J. S. Decol
São Paulo
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CHEQUE EM BRANCO
Em relação ao artigo Mas e os ricos (26/1, B5), gostaria de tecer os seguintes comentários: o que temos hoje é um verdadeiro cheque em branco da sociedade para os governantes de plantão distribuírem recursos públicos a granel a setores escolhidos a dedo, sem a necessária transparência e estudos técnicos abrangentes que confirmem a possibilidade de melhora real da eficiência econômica nacional. Esses generosos recursos muitas vezes apenas aumentam o poder de lobby de quem os recebe e, do lado da administração pública, qual é a penalização concreta caso haja eventual descumprimento dos princípios constitucionais referentes à eficiência dos gastos públicos (artigo 37 da nossa Carta Magna)? O que se faz necessário, portanto, é uma mudança na mentalidade da sociedade civil brasileira, no sentido de expor e até responsabilizar legalmente os maus gestores, caso se comprove que feriram os ditames da Constituição Federal. Enquanto isso não ocorrer, o Brasil apenas continuará sua triste jornada rumo a um futuro de maior pobreza, desigualdade e violência. Tristes trópicos.
Fernando T.H.F. Machado
São Paulo
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FRÁGIL
Leniente com a arapongagem praticada no País pelo inelegível Jair Bolsonaro, o presidente Lula da Silva deveria ter sido mais firme em substituir os servidores lotados na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo governo anterior. Mesmo com a sua tolerância, a Polícia Federal desbaratou “quadrilha” que invadia, espionava e monitorava ilegalmente jornalistas, advogados, políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre outros, especialmente o assassinato de Marielle Franco, e os casos de Flávio e Renan Bolsonaro, todos sob o comando do delegado Alexandre Ramagem, adepto do “um manda, outro obedece” imposta por Bolsonaro para proteger seu clã. Na verdade, com a demora na troca dessas arapongas, Lula mostrou quão frágil são suas atitudes para proteger o País. Afinal, quem esteve preso e foi solto por uma equivocada anistia, nada se pode esperar. Pobre Brasil!
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
O dono do PL, Valdemar Costa Neto, diz que a ação da Polícia Federal contra o deputado Alexandre Ramagem é perseguição política. É o caso de perguntar: e a espionagem ilegal de 30 mil pessoas feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a direção do mesmo Ramagem, é o que?
Sylvio Belém
Recife
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COMUNICAÇÃO PÚBLICA
O editorial do Estadão O PT tem horror aos fatos (26/1, A3) critica com razão o chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, por lançar “suspeitas infundadas sobre a idoneidade do jornalismo profissional”, e eu gostaria de apimentar um pouco mais a discussão e entrar no mérito da comunicação que hoje é feita pela Secom. A comunicação do governo, seja ele municipal, estadual ou federal, deve ter por objetivo informar. Informar sobre alguma mudança que afete a vida das pessoas, informar sobre uma campanha de vacinação, informar sobre um novo benefício colocado à disposição do cidadão, enfim, INFORMAR. Não é isso o que se vê na comunicação que a Secom vem fazendo. Na maioria das vezes, um jingle mequetrefe cantando o “novo País maravilhoso” em que vivemos. Esse tipo de comunicação é vedada, é proibida. Isso chama-se propaganda partidária. E eu deixo aqui uma sugestão para o Estadão para que faça uma extensa matéria mostrando a propaganda ilusionista, mentirosa, que fere as normas de conduta da comunicação governamental, e que hoje é promovida pela Secom petista, comandada por Paulo Pimenta.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Bahia
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FALTA INTELIGÊNCIA
O Brasil tem um sério problema de segurança em todas as áreas e setores de nossas vidas. Idosos são alvos fáceis de golpistas e outros, o que torna a vida de quem cuida deles um inferno. Em nome da segurança, todas as empresas, públicas e privadas, criaram procedimentos que tem por fim barrar os mal intencionados, o que pela notícias dos frequentes golpes parece que funciona assim, tipo mais ou menos, não sabemos se para mais ou para menos. Foi divulgado que os gastos do Brasil com justiça são altíssimos se comparados a outros países, algo em torno de 1.5% do PIB. Fosse uma empresa privada, absolutamente todos os responsáveis estariam sumariamente demitidos, mas no serviço público não só os péssimos resultados continuam, como as benesses só crescem. O sistema legal, judiciário, investigativo e policial simplesmente não funcionam. Os dados oficiais não mentem, não nos dão um mínimo de segurança civilizatória. Ouvir de prestadoras de serviço, de empresas e bancos que os procedimentos são feitos para dar segurança aos clientes e idosos é, no mínimo, risível. A verdade é que falta inteligência e ação digna para sair deste maldito círculo vicioso. Óbvio que também falta um basta de toda sociedade, que a bem da verdade parece achar normal isto que está aí. A pergunta que faço é simples: quem ganha com isto? Não falo só das empresas de segurança, mas de prováveis outros muito interessados nesta baderna que vivemos.
Arturo Alcorta
São Paulo
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ÁVIDOS
As velhas raposas petistas estão reaparecendo no noticiário ,dando declarações que mostram a verdadeira cara dos aloprados. O ex-guerrilheiro do Araguaia, José Genoino prega boicote aos empresários favoráveis a Israel e, José Dirceu declarou que parte do agronegócio é fascista. A dupla ,com declarações que agradam a cúpula do PT, está ávida a retomar a vida pública.
José Muller
São Paulo
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JAIR BOLSONARO
Não há dúvidas sobre o fato do ex-presidente Jair Bolsonaro ser o mandante das ilegalidades praticadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). É incontestável que Bolsonaro foi responsável pelo atraso na vacinação e no enfrentamento da covid-19 no País, as ações e omissões de Bolsonaro resultaram no brutal agravamento da pandemia no Brasil e na morte evitável de centenas de milhares de cidadãos brasileiros. Jair Bolsonaro é o responsável pelo brutal aumento no desmatamento e no garimpo ilegal na Amazônia, causando enormes prejuízos ambientais ao País. O Brasil espera que Jair Bolsonaro arque com as consequências de seus atos, que seja processado e julgado pelos tantos crimes que cometeu contra o Brasil e o povo brasileiro.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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ACIMA DE QUALQUER CRITÉRIO
Com efeito, o PT e a esquerda que o acompanha entendem que o certo e o ideal não é o exercício correto da meritocracia, mas a colocação de seus amigos, companheiros e apaniguados. Como bem salienta o Estadão no editorial Às favas a boa governança (26/1, A3), a ideologia do PT está acima de qualquer critério de boa governança. Sem citar nomes, porque o universo de eleitos e de preteridos pelo partido tomaria relações enormes, conquanto, então, bastasse falar que o grande interesse do PT sempre foi colocar nas estatais seus filiados e amigos, auferindo deles as mensalidades possíveis de abocanhar. Enfim, o PT pensa no seu coletivo e no seu estado, mas não no Estado brasileiro e suas urgentes necessidades.
José Carlos de Carvalho Carneiro
São Paulo
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DESCARTE
Curiosidade de um eleitor brasileiro, preocupado com o alto custo da democracia tupiniquim: para onde vão as centenas de milhares das tão decantadas urnas eletrônicas e respectivos periféricos após a respectiva utilização nas invioláveis (?) cabines eleitorais? São descartadas como lixo eletrônico ou armazenadas para reprogramação a fim de serem empregadas de novo em pleitos futuros? Assim, para as próximas votações como as que ocorrerão neste ano de 2024, destinadas a eleger prefeitos e vereadores, serão fabricados novos dispositivos para substituição total, na eventualidade de ser rejeitado todo o hardware aplicado anteriormente, ou, no caso de reaproveitamento, somente serão substituídos os danificados após o último uso? E as contratações temporárias, quanto custam em média? Com a palavra, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), único órgão do qual os átomos das festas bianuais da democracia, os eleitores, antes de tudo contribuintes, esperam receber uma prestação de contas e registro da destinação de material usado.
Paulo Roberto Gotaç
Rio de Janeiro
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EFEITOS GEOECONÔMICOS
A revelação que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada durante o governo anterior para investigar clandestinamente autoridades da República, como dois ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), um governador e deputados, é uma revelação muito grave do que ocorreu nesta agência no passado recente, e até possivelmente até agora. Precisam as autoridades judiciais e da Polícia Federal darem prosseguimento às investigações de tais atividades criminosas, para que possamos não cairmos num processo que fragilize a nossa democracia. Se isso acontecer, poderá ter efeitos geoeconômicos na nação brasileira, atingindo a todos nós que aqui vivemos.
José de Anchieta Nobre de Almeida
Rio de Janeiro
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LULA DA SILVA
Lula da Silva está contribuindo para o programa “pleno emprego”. Os militantes petistas, desempregados ou não eleitos, já podem desfrutar de altos salários nas empresas de economia mista e a serem estatizadas. Inclusive no BRICS. O Estadão foi muito feliz ao intitulá-lo como “presidente Sol”.
José Paulo Cipullo
São Paulo
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ESPANTO
Não contente com espantar investidores (acionistas) da Petrobras, agora Lula da Silva quer espantar os investidores da Vale, uma empresa particular. É, a $anha petista voltou!
Tania Tavares
São Paulo