Os foragidos de Mossoró
(In)segurança máxima
Passados 50 dias de buscas, finalmente os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) foram recapturados, na cidade de Marabá (PA), a 1.600 km (171 pontos de bondes) de distância de Mossoró. Com os agradecimentos dos já cansados cães farejadores e pela inusitada, bem articulada e apoteótica fuga, os detentos protagonistas estão a merecer homenagens das corporações envolvidas na sua busca e (in)tempestiva recaptura. Puxadas as devidas capivaras dos anti-heróis, quem sabe, com direito a placas destacando a ficha penal de cada um, rebatizar com seus nomes os auditórios, salas, pátios, alamedas, pavilhões, refeitórios e cantinas da Polícia Federal e do Ministério da Justiça e (in)Segurança Pública, bem como do estabelecimento de segurança máxima do qual se evadiram. Afinal, nunca na história deste país houve tamanho êxito numa operação de recaptura. Graças à estratégia, ao bom planejamento e à logística, os entediantes e morosos 50 dias para o feito foram só um detalhe no contexto da nossa insegurança máxima. Parabéns, ministro Lewandowski!
Celso David de Oliveira
Rio de Janeiro
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Forças Armadas
Poder e responsabilidade
Fez bem o Supremo Tribunal Federal (STF) em esclarecer o alcance do artigo 142 da Constituição, que algumas pessoas ainda insistiam em atribuir às Forças Armadas um poder moderador que não existia. Mas é importante discutir quais são as responsabilidades das Forças Armadas. O orçamento público destina a elas volumes consideráveis de recursos para que seja garantida a segurança do País em caso de ataque externo (o último aconteceu na Guerra do Paraguai) e de nossas fronteiras terrestres e marítimas. Isso não acontece. Drogas e armas entram em enorme quantidade pelas nossas fronteiras e começo a suspeitar de que as drogas estão se tornando um de nossos maiores produtos de exportação, seja por mar ou por nossos aeroportos. É importante que as lideranças militares assumam seu papel e impeçam que o crime organizado se torne a principal força de nosso país.
Aldo Bertolucci
São Paulo
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Operação Lava Jato
Confissão nos EUA
Empresa confessa nos EUA ter pago propina a ex-gerente da Petrobras (Estadão, 2/4, A8). Como assim? Então o Departamento de Justiça dos EUA tem a ousadia de não inocentar uma empresa que se declarou culpada de fraudes comerciais/corrupção envolvendo a Petrobras? E que, ainda por cima, se dispôs a pagar US$ 126 milhões pra encerrar o processo? Com certeza, seus diretores foram coagidos! Alguém, por favor, repasse aos diretores de tão isenta e vitimada empresa o contato da defesa da JBS e da Odebrecht (agora Novonor) no Brasil, dr. Toffoli. É perdão da multa na certa e encerramento do caso.
Dimas Gulin
Presidente Prudente
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Justiça Eleitoral
Cassação de Sergio Moro
O desembargador José Rodrigo Sade gastou seu juridiquês para justificar que houve “patente abuso e quebra da isonomia do pleito”, ao votar contra Sergio Moro. Tanta encenação e perda de tempo, se sabemos como votarão os indicados por Lula. Não é justiça, é agradecimento.
Carlos Gaspar
São Paulo
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Guerra em Gaza
Barbárie
Ouvir certas figuras sobre o que acontece na Faixa de Gaza choca estátuas de pedra. Desta vez, voluntários da ONG World Central Kitchen que distribuíam comida aos famélicos do enclave foram mortos num ataque a míssil de Israel. E Benjamin Netanyahu diz que foi um “trágico incidente, não intencional”. Então, metralhar e jogar bombas não é para ferir e matar? Para que é, então? Cinicamente, ele justifica dizendo que “acontece em tempos de guerra”. Quanta barbárie, dos dois lados, aqueles povos terão de suportar? Os líderes das potências que fomentam conflitos como este, em algum momento, serão cobrados, mas não terão como pagar. Crueldade, muita crueldade!
José Perin Garcia
Santo André
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Netanyahu
No conflito de quase seis meses na explosiva Faixa de Gaza entre o Estado judeu e o grupo terrorista Hamas, Israel, sob o mau comando do direitista Netanyahu, vai acabar virando o bandido, em vez de mocinho, atraindo contra si a opinião crítica mundial. Final triste. Fora, Netanyahu! Basta!
J. S. Decol
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
JUÍZES PUNIDOS
É de estarrecer ver a crônica afronta em um Brasil dos penduricalhos e vantagens a determinadas castas de servidores públicos, como se vivessem numa ilha dos sonhos em que punidos por faltas gravíssimas se deliciam com a aposentadoria compulsória, salários e outros benefícios. Como explícito em importante matéria (Estado, 2/4), 123 magistrados que foram punidos nestes últimos 15 anos por descumprirem normas estabelecidas, até por assédio sexual e outras de arrepiar, são aposentados com salários que vão de R$ 36,3 mil na esfera estadual a R$ 38,2 mil na federal. E ainda mantêm os tais penduricalhos, que subtraem com essas despesas dos sofridos impostos recolhidos dos contribuintes R$ 59 milhões ao ano. Ora, por que um trabalhador do setor privado, ao cometer falha grave, é demitido por justa causa e fica ao relento sem salário, e um servidor público, como dos magistrados citados pelo jornal, são premiados com gordos proventos e penduricalhos? É uma vergonha! É por essa razão que o nosso país vive de retrocessos e penaliza a maioria da população por falta de bons empregos, estabilidade econômica e justiça social.
Paulo Panossian
São Carlos
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CORRUPÇÃO JUDICIÁRIA
Apenas 123 juízes foram “pegos” em um período de 15 anos em um país com as dimensões do Brasil? É necessário muita ingenuidade e inexperiência para acreditar que esse seja nosso verdadeiro nível de corrupção judiciária.
Jorge João Burunzuzian
São Paulo
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FORO PRIVILEGIADO
O STF está decidindo sobre a extensão do foro privilegiado, quando na verdade deveria estar tratando da sua restrição. Hoje, no Brasil, há 55 mil pessoas com foro privilegiado, ou seja, está mais para uma “farra privilegiada”. Mas esse é o novo normal, parece que o mundo político/jurídico está se especializando em produzir aberrações. É o que dá votar mal. O Brasil reelegeu Lula depois do mensalão. Elegeu Dilma depois do petrolão. Reelegeu Dilma depois de a gerentona se mostrar inepta para o cargo. Elegeu Jair Bolsonaro para se livrar do PT. E elegeu Lula depois do mensalão, do petrolão, da condenação em terceira instância, da prisão e para se livrar de Bolsonaro. O próximo episódio dessa série de horror é em 2026.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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PAPEL DA JUSTIÇA
Muito oportuno o editorial Justiça não é instrumento de desforra (3/4, A3). Tem sido muito comum que as instancias judiciais, especialmente as superiores, estejam abertas e acatem esse tipo de ação que confunde a população, distorce o verdadeiro papel da Justiça, serve a interesses políticos e ideológicos ou para uma “ação de vingança”, como muito bem abordou o editorial. O Estadão se destaca como um jornal independente, esclarecedor e comprometido com a verdade. Retoma assim a sua posição de destaque na defesa dos valores que se alinham com uma sociedade que não tolera ser manipulada por meias-verdades, interpretações casuísticas de leis e casuísmos políticos.
Manoel Sebastião de Araujo Pedrosa
São Paulo
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O RABO QUE ABANA O CACHORRO
Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, é vítima de aniquilação moral, como afirma o Estadão (A decomposição de Moro, 21/1, A3). Sozinho e desamparado, foi jogado às feras corruptas instaladas no País. Na verdade, não se trata só do presidente Lula e de sua “tigrada”, mas também do Supremo Tribunal Federal (STF) e daqueles que se locupletaram na Lava Jato, pois mesmo com as confissões se tornaram vítimas. Afinal, o maior erro de Sergio Moro foi ter condenado medalhões com o CEP do Paraná e não o de Brasília. É evidente que a corrupção imperou – e ainda impera – e que levou figurões para a cadeia, mas daí anular provas e confissões extrapola o imbróglio relacionado ao CEP irregular. Trata-se de um aniquilamento imposto ao único interessado em acabar com a corrupção instalada no Brasil, e pode lhe custar o cargo de senador. Enquanto isso, os beneficiados, com cara de paisagem, se vangloriam com as benesses conquistadas na Justiça. Afinal, no Brasil é o rabo que abana o cachorro.
Júlio Roberto Ayres Brisola
São Paulo
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TERRA DAS ARAUCÁRIAS
O ex-juiz Sergio Moro foi o senador eleito no Estado do Paraná com uma votação recorde, não porque supostamente gastou na campanha mais do que o permitido, e sim por ter sido um baluarte na luta contra a corrupção e roubalheira desenfreada no chamado petrolão. O eleitor da terra das araucárias fez jus ao velho dito latino “Vox populi, vox Dei“.
J. A. Muller
Avaré
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CASSAÇÃO DE MORO
A corrupção está mostrando seu poder. Acabou a Lava Jato e agora estão querendo cassar o Moro!
Luiz Antonio Ribeiro Pinto
Ribeirão Preto
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SERGIO MORO
Lula da Silva afirmou após a prisão: ”Só vai estar tudo bem quando eu fod... esse Moro” e “Eu estou aqui para me vingar dessa gente”. Fica a pergunta: o governo Lula não está interferindo para condenar à cassação o senador Sérgio Moro?
Luiz Frid
São Paulo
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PUTIN NO BRASIL
O Estadão noticiou que o governo Lula endossou a tese sobre a imunidade de chefes de Estado, para que o ditador da Rússia, Vladimir Putin, condenado pelo Tribunal Penal Internacional, de Haia, pudesse comparecer à Cúpula do G-20. Parece teimosia da idade, pois o presidente não desiste da ideia de agradar e receber ditadores no Brasil, desde que sejam da chamada esquerda, como se ditadura pudesse ter alternativas. Ora, como bem lembra a matéria, o Brasil faz parte do citado tribunal e caberia à nossa Polícia Federal prender Putin. Recentemente Lula reuniu os seus ministros para tratar da queda da aprovação do seu governo, determinando uma série de providências para reverter o quadro. Ora, me parece que seria melhor ele conversar com o seu espelho e parar com esses absurdos de agradar ditadores. Eis o motivo principal, senão único, do aumento da desaprovação do seu governo. Também cabe relembrar ao presidente que ele não foi eleito pelo PT. Muito pelo contrário, foi eleito no segundo turno das eleições, por vários partidos que se uniram para salvar a nossa democracia. Portanto, ele não tem o direito de sequer apoiar os ditadores considerados por ele de esquerda. Foi para evitar um golpe de Estado, agora já comprovado, e arrumar a bagunça que Jair Bolsonaro deixou como legado. Tem muita coisa errada no País para ele cuidar, e não sair pelo mundo, se metendo onde não foi chamado e proferindo uma série de sandices que nos têm custado caro. Portanto, não lhe cabe procurar uma desculpa esfarrapada para livrar Putin da prisão, sua obrigação, se ele aqui estiver, é prendê-lo.
Gilberto Pacini
São Paulo
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‘PT À CUBANA’
Mais um agrado aos companheiros ditadores (PT à cubana, 3/4, A3). Lá se vai mais dinheiro dos nossos impostos a fundo perdido. Estou chegando à conclusão de que Bolsonaro não era tão perigoso assim.
Nelson Falseti
São Paulo
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DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA
Enquanto a Alemanha se torna o terceiro país europeu a autorizar o uso recreativo da maconha, o ministro do STF Dias Toffoli pediu tempo para analisar o julgamento que corre no Supremo sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Ao que tudo indica sua intenção é postergar a decisão e manobrar para revertê-la – já que falta um voto para aprovar a liberação – e assim, satisfazer, entre outros, a bancada evangélica do Congresso. Há uma questão exaustivamente discutida que é sempre bom lembrar: os malefícios do cigarro, amplamente conhecidos, constituem um sério problema de saúde pública pelas várias e graves doenças que causam direta e indiretamente. Seu uso não é proibido. Descriminalizar o uso pessoal da maconha em pequena quantidade não ocasionará danos à saúde. O pecado maior nessa história é a hipocrisia.
Luciano Harary
São Paulo
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EXEMPLO INTERNACIONAL
O STF e o Senado tentam decidir sobre a maconha e assim serem os protagonistas. Se bem que a competência para legislar tem a Casa certa. Seria bom que vissem o que acontece mundo afora. Que não se refiram às comemorações havidas no Portão de Brandemburgo, após a Alemanha descriminalizar a maconha, afinal, aquilo foi comemoração de uma maioria usuária. Melhor será que vejam a decisão de Oregon (EUA), que, diante do caos que a descriminalização provocou (aumento de usuários, aumento drogados nas ruas tipo cracolândias, aumento da violência), resolveu dar um passo atrás. É bom que vejam lá, já que as excelências adoram viajar.
Paulo Tarso J. Santos
São Paulo
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CIGARRO ELETRÔNICO
O cigarro eletrônico é um veneno, tão ou mais nocivo que o cigarro normal, porém virou moda entre jovens, não importa a classe social. E apesar de proibido se encontra com facilidade para comprar.
Marcos Barbosa
Casa Branca
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IMÓVEL DA UNIMED
Em relação à carta do leitor Marco Fonseca (Fórum dos Leitores, 3/4), em primeiro lugar, pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado pelo gerador de energia e reforçamos que um de nossos principais compromissos é promover saúde e bem-estar para milhões de brasileiros. Desde dezembro de 2023, a empresa tem trabalhado de maneira prioritária juntamente com a Enel para que a energia elétrica seja disponibilizada no imóvel o quanto antes. Na segunda-feira, 1/4/2024, obtivemos a aprovação da documentação solicitada e, nas próximas semanas, teremos a ligação finalizada pela Enel. Até que ela ocorra, informamos que o gerador vai passar a funcionar apenas em horário comercial, das 7h às 19h. Reiteramos nossas desculpas e agradecemos a compreensão
Unimed Nacional
São Paulo
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TRÂNSITO DE SÃO PAULO
Perguntado sobre o irresponsável e perigosíssimo mau comportamento dos motoboys no trânsito da capital de uns anos para cá, por ignorarem por completo o farol vermelho e amarelo dos semáforos, um agente do da DSV respondeu que não há mais flagrante de desrespeito ao sinal nem multas em razão do cancelamento do contrato com a empresa de radares e câmeras de monitoramento. O mesmo, por óbvio, vale para carros, caminhões e ônibus. Está instalada a zorra total no já caótico e infernal trânsito paulistano. Com a palavra, a Prefeitura de São Paulo.
J. S. Decol
São Paulo