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Como identificar e evitar selos falsos de vinho de guarda

Vinhos icônicos que apresentam uma boa curva de evolução com o envelhecimento ganham maior valorização no mercado, mas nem sempre as garrafas apresentam o que dizem os rótulos

Imagem do livro Vinhos da Borgonha, de Jean Claude Cara e Ligia Maria Salomão Cara. Foto: JEAN CLAUDE CARA|DIVULGAÇÃOFoto: JEAN CLAUDE CARA|DIVULGAÇÃO

Apesar de boa parte dos vinhos terem sido desenvolvidos para um consumo rápido, preferencialmente no mesmo ano da safra, há um público amante da bebida disposto a descobrir quais características sensoriais um rótulo pode desenvolver alguns anos - e até décadas - depois de sua fabricação.

Esse processo de envelhecimento, quando bem sucedido, apresenta vinhos com aromas que as unidades iniciais da safra não continham, além de mudanças na coloração e no paladar. Os brancos, por exemplo, ficam mais escuros, os tintos, mais claros, e os sabores ganham mais maciez, perdendo boa parte da adstringência.

É praticamente um consenso entre enólogos, críticos e especialistas que os melhores vinhos já produzidos alcançaram o ponto mais alto da curva de evolução após um tempo guardados, com isso, determinados rótulos cuja propensão é de um bom resultado com o passar dos anos ganharam maior valorização no mercado.

A alta dos preços também é um fator que pode ocasionar problemas para o consumidor, afinal existem muitos vinhos fraudados. Beto Gerosa, em matéria no Guia dos Vinhos, explica que houve um caso específico em que safras novas e velhas foram misturadas e vendidas por preços altos sob a premissa de que eram todos vinhos antigos.

Evitar esse tipo de problema não é uma tarefa fácil, visto que a percepção de rótulos icônicos ou de safras antigas é um tanto complexa, mas vale estar em alerta quanto à procedência dos produtos e ter a consciência de que no rótulo nem sempre vale o que está escrito.

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