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Restaurantes e Bares

48 horas no RJ: veja onde comer e beber na Cidade Maravilhosa

Roteiro gastronômico inclui clássicos e novidades cariocas para você conhecer num fim de semana; confira

Novo Toto, em Ipanema, do chef Thomas Troisgros. Foto: Tomás Rangel/DivulgaçFoto: Tomás Rangel/Divulgaç

Biscoito Globo e mate gelado na praia até têm seu valor, mas, convenhamos, a primeira cidade brasileira a sediar uma cerimônia do Latin America’s 50 Best, que elege os melhores restaurantes da América Latina, tem muito mais a oferecer. Dois desses restaurantes, inclusive, são do Rio de Janeiro, o Lasai, na 14ª posição do ranking, seguido pelo Oteque, na 20ª colocação.

Bem, e como no verão, a ponte aérea Rio-São Paulo fica abarrotada de turistas indo passar o fim de semana na Cidade Maravilhosa, o Paladar montou um roteiro na medida certa para quem tem 48 horas (ou menos) para conhecer a gastronomia carioca.

As indicações - para café da manhã, almoço, bar da tarde e jantar - incluem tanto endereços clássicos quanto novidades. O cronograma é intenso e, para cumpri-lo, é preciso ter disposição e apetite. Mas, se organizar direitinho, dá, ainda, para dar um pulinho na praia, no bloquinho de carnaval ou incluir outra atividade cultural no seu passeio. Confira.

Dia 1

café da manhã - The Slow Bakery

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Na padaria artesanal carioca, que é também café e empório, você vai encontrar, além de clássicos como o pão na chapa (R$ 11), o pão com ovo (R$ 22) e o croissant (R$ 17), pedidas, digamos, com mais sustância para conseguir adiar a hora do almoço e poder prolongar o tempo de praia. O croque da Fofa (R$ 35), por exemplo, combina queijo meia cura artesanal, cebola caramelizada, molho béchamel e mostarda feita na casa com o pão Rio sourdough - não bastasse, ele ainda é gratinado com queijo D’Alagoa. Já se você for do tipo que topa uma picância logo cedo, aposte no kimcheese (R$ 32), que é montado no brioche e recheado com o kimchi da casa e “bastante queijo meia cura tostado na chapa”. Para beber, vá de café coado (com blend da casa; R$ 14) ou cold brew (R$ 15). Só mais uma dica: se estiver na unidade de Botafogo, não invente de sentar no balcão do bar, sob o “solzinho gostoso” que ali bate. Você vai derreter (Rio 40 graus, né, gente?!) e terá que pedir para trocar de lugar.

Onde: R.General Polidoro, 25, Botafogo. 8h/20h (fecha dom. e 2ª). Tem unidades no Jardim Botânico e no Leblon.

Croques da padaria artesanal The Slow Bakery Foto: Samuel Antonini/Divulgaç

almoço - Ocyá

Para ter a experiência completa, que inclui uma voltinha de barco para chegar ao restaurante e um almoço à beira d’água, você vai precisar ir até a Barra da Tijuca - mas, se estiver longe e quiser otimizar o seu tempo (afinal de contas, você só tem 48 horas no Rio), há outra unidade no Leblon. Os peixes maturados e aproveitados em sua totalidade são a especialidade do chef Gerônimo Athuel. No cardápio, você vai encontrar pedidas como o sashimi de peixe branco maturado com ponzu, chili oil e crispy de escamas (R$ 59), a linguiça de peixe defumada e preparada na brasa, servida com geleia de pimenta da casa (R$ 42) e a lula na brasa recheada com cebola, tomate e manjericão fresco (R$ 74). Como prato principal, escolha entre o peixe do dia desossado na brasa com arroz de limão cremoso, farofa fria e fritas (R$ 194 para duas pessoas) ou o arroz caldoso de pescador (R$ 97), com mix de folhas, camarão, polvo, lula, mexilhão, manjericão e manteiga de camarão.

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Onde: Ilha Primeira, Barra da Tijuca (acesso via barcos, que saem de pontos como Shopping Barra Point e estação de metrô Jardim Oceânico). (21) 97286-1250. Sex. 17h30/22h; sáb. 12h/22h; dom.12h/18h (fecha de 2ª a 5ª)

Peixe maturado crocante com aïoli de salsa com limão, do Ocyá Foto: Rodrigo Azevedo/Divulgação

bar da tarde - Bar Madrid

Você já está na Tijuca, né?! Então aproveite para esticar o passeio e dar uma chance ao Madrid, um boteco que, além das cervejas de garrafa trincando, serve porções, pratos e drinques com sotaque espanhol. Peça uma sangria blanca, curta o clima do bar e, quando a fome resolver dar as caras, aposte em pedidas como o croquete de língua, a porção de papas bravas, os filés de sardinha em conserva ou o clássico pintxo cocodrilo, que traz à mesa quatro espetinhos de filé-mignon com batata portuguesa, incrementados com creme de gorgonzola.

Onde: R. Almirante Gavião, 11, loja G, Tijuca. (21) 35948526. 11h/18h (fecha 2ª).

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Tá no Leblon? Então siga para o Jobi (av. Ataulfo de Paiva, 1.166, loja B), um boteco clássico, com serviço à moda antiga e garçons de gravata borboleta. Um tanto caótico, mas eficiente e bom para ter um gostinho da arte de botecar carioca. O bolinho de bacalhau é ótimo e, para beber, tem chope bem tirado.

jantar - Lasai

É preciso se programar para conseguir um lugar à mesa de Rafael Costa e Silva. É que o novo restaurante do chef atende apenas dez pessoas por noite - e a fila de espera pode chegar a um mês. A casa trabalha apenas com menu-degustação (R$ 950 por pessoa) e boa parte dos ingredientes vem de hortas próprias ou de pequenos agricultores do Rio. A oferta de pratos varia, mas são sempre oito aperitivos, quatro pratos e duas sobremesas. Chances de provar combinações como o chuchu com vieira e limão caviar, o peixe com cogumelos e raiz de aipo e a mandioca grelhada na manteiga de garrafa com emulsão de lula e vôngoles.

Onde: Largo dos Leões, 35, Humaitá. Reservas: www.lasai.com.br

ceia alcoólica - Elena

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Num casarão do século XIX, com vista para o Jardim Botânico e o Cristo Redentor, é um misto de restaurante, bar e espaço para ouvir boa música. Aproveite que, durante o fim de semana, o local fica aberto até mais tarde e passe por lá para tomar um drinque - quem assina a carta é o premiado mixologista Alex Mesquita. Na ala dos coquetéis autorais, o Cajueiro combina xarope de caju, maracujá, suco de abacaxi e cachaça branca. Já o Berry Fizz leva gim, xarope de cranberry, cardamomo. limão-siciliano e capim-limão. O restaurante, a saber, é capitaneado pelo chef Itamar Araújo (ex-Mee, no Copacabana Palace), que aposta numa cozinha de influência asiática.

Onde: R. Pacheco Leão, 758, Jardim Botânico. 19h/1h (séx. e sáb. até 2h; fecha dom.)

Um dos ambientes do carioca Elena, no Horto Foto: Tomás Rangel/Divulgaç

Dia 2

café da manhã - Dainer

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Assim como um diner americano, a nova casa descolada de Botafogo tem boas opções para todas as refeições do dia, mas, segundo ela mesmo define, o café da manhã, servido durante toda a operação, “é dos campeões”. A dupla de panquecas sourdough (R$ 32) chega à mesa incrementada com banana fatiada, maple, manteiga, raspas de laranja e noz-pecã. O pão de queijo é assado na lenha e pode ser incrementado com Catupiry e a geleia de goiaba da casa (R$ 20 o trio). Já a rabanada (R$ 26), grelhada na manteiga, vem com creme de baunilha, morango e laranja. Quer algo mais reforçado? Aposte no tamago sando (R$ 32), sanduíche recheado com creme de ovos empanado, queijo prato e relish de pepino.

Onde: R. Real Grandeza, 193, Botafogo. 8h/19h (sáb. 9h/20h; dom. 9h/17h; fecha 2ª).

Os pães de queijos brasileiros do Dainer são assados a lenha Foto: Bruno Machado

almoço - Toto

A nova casa de Thomas Troisgros - a primeira que ele pilota em voo solo - oferece a comida que ele próprio gosta de comer. Assim o menu, autoral e sazonal, oferece pratos com diferentes sotaques, inspirados nas viagens do chef. Entre as opções de entrada, não deixe passar os corações de galinha com molho de ostra, pimenta-de-cheiro, coentro e gengibre (R$ 46) nem as asinhas de frango lambuzadas em molho agridoce de laranja (R$ 36). Depois deles, você decide se vai pedir mais entradas, para colocar no centro da mesa e compartilhar, ou se vão seguir para os principais, onde dão as caras o potente arroz de costela com aïoli de tahini e alface romana grelhada (R$ 82) e o prime rib suíno à milanesa com salada de raízes com maionese de ovo cozido (R$ 88).

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Onde: R. Joana Angélica, 155, Ipanema. (21) 3854-1819. 12h/0h.

Porção de coração de galinha, do Toto Foto: Tomás Rangel/Divulga

bar da tarde - Galeto Sat’s

Não vou dizer para você pedir outra porção de coração de galinha (entendedores entenderão), mas, se tiver vontade, peça, sim. É um dos carros-chefes do bar e também pode ser pedido com queijo de coalho no recheio do pão de alho (R$ 37). O famoso galeto na brasa ao molho Sat’s (com laranja, alho e pimenta), se pedido completo, vem com arroz branco, farofa de ovo, fritas e vinagrete. Tenha em mente: o bar é reduto da boemia carioca, fica aberto até altas horas e pode, tranquilamente, ser remanejado no seu roteiro gastronômico.

Onde: R. Barata Ribeiro, 7, loja D, Copacabana. (21) 2275-6197. 12h/4h (qui. a sáb. 12h/5h).

jantar - Oteque

Nem pense em baixar na casa do chef Alberto Landgraf sem reserva. Com apenas seis mesas no salão, é grande o risco de chegar, encontrar o restaurante lotado e se ver obrigado a dar meia volta de barriga vazia. Conquistada uma das disputadas mesas, prepare-se: você irá desfrutar de um dos jantares mais sofisticados da cidade. O menu-degustação, com oito etapas, custa R$ 895 e a oferta de pratos varia. Chances de provar a garoupa com vinagrete de alga, pinoli e caviar, a vieira com maionese de peixe, tangerina e vieira seca e a picanha de cordeiro com berinjela laqueada e castanha de caju.

Onde: R. Conde de Irajá, 581, Botafogo. (21) 3486-5758. 19h30/23h30 (fecha dom. e 2ª).

Vieiras, do Oteque Foto: Rodrigo Azevedo/Divulgação

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