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Para fundador da Natura, é preciso criar uma identidade para a empresa

Luiz Seabra diz que não tem negócio que sobreviva sem paixão

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:

De pequena loja de bairro a uma das maiores fabricantes de cosméticos, produtos de higiene e de perfumaria do País. Essa é a história da Natura, que após mais de 40 anos de existência, fatura cerca de R$ 5 bilhões por ano.

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A opção pelo sistema de venda direta, em 1974, com consultoras credenciadas, popularizou a marca. Mas foi o foco nas relações humanas, na aceitação da própria beleza e na sustentabilidade, que criaram uma ligação emocional  dos  consumidores com a marca e projetou a empresa em todo o País.

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Muito desse posicionamento é expressão da personalidade do principal fundador da marca, Luiz Seabra. “A Natura foi um projeto de vida para mim. Eu busquei a minha maneira de dar uma cara diferente para mais um creme semelhante a tantos outros que existem no mundo”, diz.

Logo no início do negócio, Seabra teve que enfrentar um desafio que quase o fez desistir. O principal cliente da empresa desistiu da parceria e seu sócio queria fechar a loja logo nos primeiros meses. Graças aos conselhos de um guru, que lhe garantiu que a empresa tinha potencial para atender milhares de pessoas, ele não desistiu. “Sem paixão, o lucro não vem ou, no mínimo, vai demorar mais para vir”, diz.

Em 2004, a empresa abriu capital e, em 2005, iniciou sua operação na Europa. Hoje a Natura está presente em países como Argentina, Chile, Peru e França. “Nossos valores são universais e por isso nossa recepção é muito boa”, diz Seabra.

O empresário só lamenta não ter acompanhado o crescimento dos filhos por causa da carreira. No entanto, diz que ainda não conseguiu descobrir uma outra maneira de ter uma empresa de sucesso, a não ser sacrificando uma parte da vida pessoal. “Depois que meus filhos cresceram, percebi que a gente precisa confiar no tempo.”

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Seu principal conselho para pequenos empresários é criar um conceito que particularize a empresa e se apaixonar por essa ideia. “O plano de negócios é só decorrência disso. Não tem negócio que se sustente sem paixão.”

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