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‘Mamata!’: Veja comentários nas redes sobre gastos do governo Bolsonaro com cartão corporativo

Dados divulgados pelo ‘Estadão’ em parceria com agência Fiquem Sabendo, mostram despesas em motociatas e compra de alimentos para residência oficial do ex-presidente

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Por Redação
Atualização:

Opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais nesta segunda-feira, 23, para comentar os dados divulgados pelo Estadão sobre as compras do cartão corporativo pelo governo Bolsonaro. As notas fiscais mostram que Bolsonaro arcou com dinheiro público despesas com alimentos da residência oficial, como cortes nobres de carne, camarão e bacalhau.

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Medicamentos para depressão, ansiedade, problemas de pele e infecção de garganta também foram encontrados na descrição das compras.

Os dados, obtidos pelo Estadão em parceria com a Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas, vieram de um conjunto de 2 mil documentos classificados como reservados, anexados na prestação de contas do cartão corporativo.

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) citou despesas com nutella, entre outros itens: “Os brasileiros literalmente pagavam a compra do mês da família da mamata!”, escreveu.

Dados divulgados pelo Estadão também mostram que toda vez que Jair Bolsonaro decidia viajar a lazer ou passear de moto por capitais do País ele era acompanhado por até 300 militares ao custo médio de R$ 100 mil para os cofres públicos. Batizados de motociatas por Bolsonaro, esses eventos tinham como propósito promover a figura do ex-presidente sem qualquer ação pública a ser anunciada.

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), ao citar o caso, pediu que os gastos fossem “investigados a fundo”.

O cartão corporativo pode ser usado para esse tipo de despesa e os dados mostram que os ex-presidentes consumiam esses alimentos. Bolsonaro foi o único, no entanto, que procurava passar uma imagem de austeridade. O então presidente disse 15 vezes em lives que não usava o método de pagamento. O parlamentar Arlindo Chinaglia (PT-SP) lembrou desse argumento: “Alegou inúmeras vezes em suas lives que ele não usava o cartão corporativo. Estava mentindo”, disse.

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A ex-deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) afirmou que, enquanto os “brasileiros passavam fome na pandemia, o dinheiro era usado para bancar motoqueiros”.

Já o deputado federal Alexandre Frota (PROS-SP) questionou o uso do cartão corporativo para comprar itens de luxo, como caviar.

Ivan Valente (PSOL-SP) citou os dados e classificou os gastos como “esbórnia golpista”.

O perfil do Movimento Brasil Livre (MBL) também se pronunciou sobre os detalhes das notas fiscais: “Pão com mortadela patriota bancado com cartão corporativo”, disse.

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