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Inelegível, Bolsonaro volta à PF pela quarta vez, agora para depor sobre trama com Marcos do Val

Seguindo rotina desde que deixou o Planalto, ex-presidente vai ser questionado sobre encontro com senador

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Por Redação
Atualização:
O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) desembarca no aeroporto de Brasília após TSE declará-lo inelegível. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal em Brasília nesta quarta-feira, 12, para prestar o quarto depoimento do ano à corporação. Agora, o ex-chefe do Executivo será questionado sobre suposta reunião golpista denunciada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) que envolveria também o ex-deputado Daniel Silveira.

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A nova oitiva do ex-presidente foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, ainda em junho, logo depois de endereços ligados ao senador serem alvos de buscas em uma nova fase da investigação.

Em fevereiro, Marcos do Val alegou ter sofrido coação do ex-presidente Jair Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado - mas deu versões diferentes sobre o caso. Em razão das divergências, Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para verificar se o senador mentiu no depoimento à PF sobre o tal do plano golpista.

Em um primeiro momento, Marcos do Val afirmou que teria sido recebido por Bolsonaro numa reunião no Palácio da Alvorada e o então chefe do Executivo teria sugerido que o parlamentar gravasse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Segundo essa versão, Bolsonaro chamou Do Val à residência presidencial para dar a ele essa missão.

Depois de receber ligações do clã Bolsonaro, Do Val mudou o relato. Disse que a ideia não partiu de Bolsonaro, mas do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

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“O que ficou claro para mim foi o Daniel achando uma forma de não ser preso de novo, porque toda hora ele descumpria as ordens do ministro (Moraes). Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente (Bolsonaro) comprando a ideia dele”, afirmou em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.

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