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Canal criado pelo Ministério da Justiça sobre atos golpistas já recebeu 100 mil denúncias

Informações que indicam nomes de suspeitos de envolvimento com a marcha dos radicais em Brasília no dia 8 chegam por e-mail em grande volume a cada hora; dados dos denunciantes são protegidos pelo sigilo

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Por Pepita Ortega
Atualização:
Radicais invadiram sedes do Supremo, Planalto e Congresso. Foto: Wilton Júnior/Estadão

O canal criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para receber informações sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro - quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes - já recebeu 100 mil denúncias. A pasta criou um e-mail específico para receber dados sobre radicais no dia seguinte ao caos registrado em Brasília. O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Federal também criaram canais de denúncias.

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As informações que chegam ao Ministério da Justiça sobre os atos golpistas são analisadas pela Secretaria de Acesso à Justiça, chefiada por Marivaldo Pereira. Segundo ele, o foco principal da equipe é, a partir dos dados remetidos ao Ministério, identificar tanto os depredadores que ainda não foram presos, como os organizadores e financiadores da ofensiva bolsonarista que deixou um rastro de destruição em Brasília. Os dados dos denunciantes e as informações repassadas são sigilosos.

Os atos golpistas do dia 8 de janeiro são investigados em quatro inquéritos abertos por ordem do Supremo Tribunal Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República. São investigados executores, financiadores e autores intelectuais da ofensiva violenta, além de autoridades públicas sob suspeita de omissão e conivência. O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por suposta incitação aos atos antidemocráticos.

Com relação aos presos por participação na ofensiva golpista, o ministro Alexandre de Moraes converteu em preventiva - sem data para terminar - a prisão em flagrante de 942 radicais. Outros 464 investigados obtiveram liberdade provisória, mas terão de seguir uma série de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.

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