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Gestor do xerox da Câmara ganha igual ministro do STJ, respondem juizes a Renan

Principal entidade dos magistrados federais do País reage a declarações do presidente do Senado e diz que se há abuso nos contracheques 'todos os poderes devem ser investigados'.

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo
 Foto: Estadão

Os juízes federais reagiram às declarações do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL), que, nesta quarta-feira, 16, afirmou que 'entidades contrárias' à investigação sobre os supercheques nos Três Poderes 'não vão inibir o Senado'.

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Renan instalou uma comissão para rastrear os holerites mais polpudos da administração pública em todos os seus níveis e instâncias.

Em nota, a Associação dos Juízes Federais, principal entidade da magistratura responsável pelas ações de interesse da União, afirmou. "O que se deseja é que a investigação dos supersalários não se restrinja ao Judiciário."

O texto, subscrito pelo presidente da entidade, Roberto Veloso, não cita nomes, mas faz uma revelação importante em meio à polêmica sobre os detentores dos grandes vencimentos no funcionalismo. "É incompatível com o grau de complexidade dos cargos exercidos que o administrador do serviço de xerox da Câmara dos Deputados perceba vencimento igual a um ministro do Superior Tribunal de Justiça."

"Se há abuso, todos os poderes devem ser investigados", desafia Veloso. "Mas, infelizmente, as baterias estão voltadas apenas contra um dos poderes."

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Ele observa que o regime de subsídios com o teto constitucional foi uma luta da Associação dos Juízes Federais. "No entanto, há um desrespeito à norma constitucional que determina sua recomposição inflacionária anual. Estranhamente, todas as carreiras tiveram reajuste dos seus vencimentos com exceção da magistratura."

Na avaliação do líder dos juízes federais o engessamento dos contracheques da toga caracteriza uma retaliação. "Tal atitude faz-nos pensar que está havendo retaliação contra as instituições encarregadas de investigar e de julgar os casos de corrupção no Brasil."

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