:quality(80)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/VTB2KW6AAVOMBGHCWM67AUXKPY.jpg 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/9J1WXPAtSN_D3KkFPoOzaV14Qfs=/768x0/filters:format(jpg):quality(80)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/VTB2KW6AAVOMBGHCWM67AUXKPY.jpg 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/YxaktY6kt1H_WK02l63_IZ3fvDM=/936x0/filters:format(jpg):quality(80)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/VTB2KW6AAVOMBGHCWM67AUXKPY.jpg 1322w)
Falamos muito em viver o presente, em aproveitar o dia de hoje como se fosse o último. É importante que o façamos, sim, pois o amanhã é sempre uma ilusão. Mas, se plantamos nossos pés demasiadamente firmes no chão, esquecemo-nos do extraordinário.
Existe extraordinário nas pequenas coisas, é verdade, mas não é dele que falo aqui. Falo de um invisível grandioso, daquele ponto de virada na vida de cada um, daquele acaso positivo que chega e muda tudo, das sincronicidades. O extraordinário vai além do sonho, muito além. Você sabe onde mora o seu?
Todo mundo guarda na gaveta da alma algum tipo de mistério, como se repousasse no segredo da existência a possibilidade do inesperado. E se o inesperado for bom, for verdadeiramente extraordinário, é preciso estar preparado.
Pode ser que este ponto além da curva do sonho nunca aconteça, pois exige mais do que trabalho e dedicação, exige uma boa dose de sorte também. Mas que graça tem a vida se não acreditarmos que, a qualquer momento, um bom vento pode soprar? Se não acreditarmos que existe uma teia invisível de sortes e acasos que, de repente, nos encontra e... UAU, lá estamos nós vivendo algo fenomenal?
Somos um mosaico de momentos. Precisamos bem viver o nosso agora, pois é a única certeza que temos. No entanto, vez por outra, recomendo abrir a gaveta da alma onde mora a fé no surpreendente - por mais boba e adormecida que pareça a fé, por mais impossível que pareça o surpreendente.
Recomendo abrir a gaveta e olhar dentro dos olhos das coisas sublimes para que elas não se esqueçam de nós e, principalmente, para que nós não nos esqueçamos de que elas existem.
É importante saber onde moram nossas esperanças mais altas, nossos extraordinários, nossos pontos de virada.
Em tempos tão desafiadores, o presente não basta!
*Juliana Valentim é jornalista e escritora brasiliense, com três livros publicados, incluindo o lançamento O Abrigo de Kulê. É também influenciadora digital no perfil @palavrasquedancam
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
Notícias em alta | Política
Veja mais em politica