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PF intima Bolsonaro para depor sobre suspeita de ‘importunar’ uma baleia em São Sebastião

Ex-presidente a bordo de um jet sky teria se aproximado muito do cetáceo no litoral Norte no feriado de Corpus Christi no ano passado; seu advogado e amigo Fábio Wajngarten também vai depor e no X reagiu: ‘perseguição jurídica e midiática’

Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:
Bolsonaro e baleia-jubarte; unidade da Procuradoria em Caraguatatuba, no litoral paulista, ficará responsável por verificar as apurações sobre o caso Foto: Wilton Junior/Estadão e Julio Cardoso/Projeto Baleia a Vista/Divulgação

A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu advogado Fábio Wajngarten a depor no inquérito sobre suposto crime de ‘importunação intencional’ de uma baleia-jubarte em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, em junho deste ano. Os dois serão ouvidos na Delegacia da PF em São Sebastião, no litoral paulista, na tarde do dia 7 de fevereiro.

Nas redes sociais, Wajngarten relacionou a investigação com ‘perseguição política, jurídica e midiática’. Sustentou que, ‘por inúmeras vezes teve a sorte de avistar animais marinhos no Litoral Norte de SP e nunca gerou nem notícia, nem intimação processual’.

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O inquérito no qual Bolsonaro e Wajngarten vão depor foi aberto com base em vídeo que mostra um homem pilotando um jet ski e se aproximando do grande cetáceo, que pode atingir 15 metros de comprimento e pesar até 30 toneladas.

O caso sob investigação ocorreu em junho de 2023 em São Sebastião. O ex-presidente passou o feriado de Corpus Christi na região, onde se encontrou com o vereador Wagner Teixeira, que foi multado pelo Ibama por ‘desrespeito às regras de observação de baleias’.

A PF investiga o possível cometimento, no caso, de crimes previstos em lei que proíbe a pesca ou ‘molestamento intencional’ de baleias. A apuração foi aberta após circularem nas redes vídeos do jet ski com motor ligado chegando a até cerca de 15 metros da jubarte.

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Em novembro, o Ministério Público Federal passou a acompanhar o inquérito. A suspeita da Procuradoria é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria o condutor do veículo aquático que ficou muito perto do mamífero.

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