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Promotor diz que cheques do caso Bancoop abasteceram 'campanhas partidárias'

José Carlos Blat afirma que João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, desviou recursos da cooperativa habitacional dos bancários de São Paulo

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

José Carlos Blat. Foto: Assembleia Legislativa de São Paulo

Atualizado às 20h57

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O promotor de Justiça José Carlos Blat, acusador do ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, afirmou taxativamente nesta quarta-feira, 4, que valores desviados da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo abasteceram 'campanhas partidárias'. Os desvios teriam ocorrido na gestão Vaccari, entre 2004 e 2008. Segundo o promotor, os repasses em período eleitoral ocorreram por meio de cheques.

Blat fez alusão à Operação Lava Jato, que desmantelou sólido aparato de propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014. Ele declarou que 'a organização criminosa da Bancoop é um embrião dos esquemas de corrupção conhecidos atualmente'.

O promotor assinala que esses esquemas são 'movidos com empresas fantasmas, lavagem de dinheiro e outras práticas para abastecer o caixa 2 de campanhas eleitorais e enriquecer os envolvidos'.

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Vaccari foi interrogado na 5.ª Vara Criminal de São Paulo. Ele é réu no processo que aponta desvio de R$ 70 milhões dos cofres da Bancoop, durante sua administração. Ele foi escoltado pela Polícia Federal desde Curitiba, onde está preso como alvo da Operação Lava Jato.

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Na audiência, Vaccari negou desvios na Bancoop. Seu advogado, o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, afirmou que não houve cheques da Bancoop para 'campanhas partidárias'.

"Inexiste qualquer doação da Bancoop para partidos políticos. Isso é um sonho do Ministério Público, que reconheceu os erros constantes da sua própria denúncia."

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