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Relatório da PF inocenta corretora denunciada por lavagem de US$ 115 milhões na Lava Jato

Parecer concluiu que que 'não foram trazidos elementos suficientes que reforçassem as supostas condutas ilíticas' da Pioneer

Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

Um relatório da Polícia Federal emitido na semana passada inocentou a corretora Pioneer das denúncias de lavagem de dinheiro em transações de câmbio apresentadas no âmbito da Operação Lava Jato.

Documento

O QUE DIZ A PF

O parecer, assinado pelo delegado André Moreira Branco dos Santos, concluiu que 'não foram trazidos elementos suficientes que reforçassem as supostas condutas ilíticas'.

 Foto: Estadão

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A corretora entrou na mira do Ministério Público Federal em desdobramento da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Ele delatou um dos clientes da Pioneer, o laboratório Labogen, por suposto envolvimento na remessa de US$ 500 milhões ao exterior. Na sequência, a Pioneer passou a ser investigada por suspeita de participação do esquema.

Segundo o processo, a corretora contratou irregularmente 2.189 transações cambiais, somando quase US$ 115 milhões, com as empresas Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen, Labogen Química Fina e Biotecnologia e Piroquímica Comercial Ltda - que os investigadores alegam serem empresas de fachada do esquema de lavagem.

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A corretora chegou a ser multada em R$ 89,95 milhões pelo Banco Central por prestar 'informações falsas' ao BC sobre os clientes que movimentaram recursos ao exterior.

O sócio da Pioneer, João Medeiros, sempre negou conhecimento sobre irregularidades. Segundo o empresário, foram tomadas todas as cautelas e cumpridas todas as formalidades para verificar a idoneidade do Labogen. Em depoimento, o diretor do laboratório, Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro de Youssef, também afirmou que sempre forneceu documentos para fundamentar e dar aparência de licitude às operações de câmbio contratadas junto à Pionner.

Para os advogados Leandro Sanchez Ramos e Rodrigo de Abreu Sodré Sampaio Gouveia, defensores de João Medeiros, 'a errônea ordem de continuidade das investigações sustentada pelo Juízo Federal Curitibano causou imensurável constrangimento aos seus clientes, sendo a segunda confirmação das conclusões da Polícia Federal, sem sobras de dúvidas, o bastante para que haja expectativa de que o juízo da culpa atue dentro da ordem jurídica justa e sepulte o caso'.

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