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Criminalista renuncia à defesa de Michelle Bolsonaro no caso das joias sauditas

Bialski decidiu deixar causa envolvendo mulher de Bolsonaro para que ‘os advogados do ex-presidente possam exercer a defesa de ambos’

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Pepita Ortega
Por Fausto Macedo e Pepita Ortega
Atualização:
Advogado Daniel Bialski diz que deixou caso de ex-primeira-dama 'de comum acordo' 

O criminalista Daniel Bialski renunciou à defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no inquérito sobre o suposto esquema de desvio e venda de presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto chefe de Estado. A movimentação se dá para que ‘os advogados do ex-presidente possam exercer a defesa de ambos’, informou Bialski ao Estadão.

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“Informo que de comum acordo com os interesses da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, deixarei de patrocinar sua defesa no Inquérito nº 4.874/DF (Pet.11645), justamente porque os advogados que atualmente representam o Ex-Presidente Jair Bolsonaro poderão e a representarão habilmente, daqui por diante, neste caso”, registrou o advogado em nota.

Bialski havia sido constituído como advogado de Michelle logo após a Polícia Federal pedir ao Supremo Tribunal Federal a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama no bojo do inquérito da Operação Lucas 12:2. O ministro Alexandre de Moraes já acolheu a solicitação.

Jair Bolsonaro e Michelle; segundo ele, joias iriam para acervo da Presidência. Foto: Wilton Junior/Estadão

Antes de representar Michelle, Bialski já atuava em processos da deputada Carla Zambelli, aliada de primeira hora de Bolsonaro. O advogado representa a parlamentar no processo em que se tornou ré por perseguição armada a um jornalista negro em São Paulo na véspera do segundo turno das eleições. Também atua na investigação que mira Zambelli por suposta participação, junto do hacker Walter Delgatti Neto, na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça para inserção de mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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