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Novo chanceler e ministro do Meio Ambiente podem ser anunciados até esta quarta, diz Bolsonaro

Perguntado se novo ministro das Relações Exteriores será homem ou mulher, presidente eleito disse que 'pode ser gay também'

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Foto do author Leonencio Nossa
Por Leonencio Nossa e Breno Pires
Atualização:

BRASÍLIA - Em visita marcada por empurra-empurra ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que pode anunciar os futuros ministros do Meio Ambiente e de Relações Exteriores até esta quarta-feira, 14. Ele compareceu no início da tarde ao tribunal para se reunir com o presidente da corte, ministro Brito Pereira.

Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil Foto: Eraldo Peres/AP

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"É possível acontecer até amanhã. Está madura esta questão. Queremos alguém do quadro do Itamaraty", disse, sobre o futuro chanceler. Questionado se o novo titular seria um homem ou uma mulher, Bolsonaro respondeu: "Pode ser gay também".

Mais cedo nesta terça-feira, 13, o embaixador Luís Fernando de Andrade Serra visitou o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição do novo governo. Serra foi, até meados do ano, embaixador do Brasil na Coreia do Sul e, segundo o Estadão/Broadcast noticiou na semana passada, é um dos nomes cotados para ocupar o posto de chanceler no novo governo. Outro nome cotado, o embaixador José Alfredo Graça Lima defendeu que o Itamaraty seja o executor das políticas comerciais do País.

Para o Meio Ambiente, Bolsonaro disse estar entre dois nomes para, "mas poderia haver um terceiro". Ele disse que é possível anunciar até amanhã os nomes. Na conversa com jornalistas, Bolsonaro disse que até o fim do mês pode concluir o anúncio de sua lista de ministros. "Não podemos anunciar algo hoje e amanhã não vai mais ser", disse. 

Bolsonaro disse que ainda não decidiu qual ministério vai ser ocupado pelo seu advogado e presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Gustavo Bebianno. Sobre a pasta da educação, que a área de ensino superior estará mantida no Ministério da Educação.

Governadores

Jair Bolsonaro confirmou presença no encontro que reunirá governadores dos Estados em Brasília na quarta-feira. "Vou amanhã ao encontro dos governadores. O que eles querem eu também quero: dinheiro", disse.

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Bolsonaro, no entanto, reclamou que o convite para a reunião não foi acertado com ele. "Essa reunião não foi tratada comigo e nem com Paulo Guedes (futuro ministro da Economia). Não sei quem teve a ideia. Acho que foi o governador Doria (João Doria, governador eleito do Estado de São Paulo), mas nós não vamos decepcionar os governadores."

O presidente eleito disse que a equipe econômica de seu governo trabalhará pedidos de renegociação de dívida dos Estados, porém destacou que a situação é difícil. "O Orçamento está complicado, mas vamos ver o que for possível fazer nessa questão de renegociação", disse.

Aperto

O encontro com o presidente do TST se deu no 5º andar do tribunal, onde uma aglomeração de funcionários o aguardava. O clima era de celebração com a presença do eleito, chamado de "mito" pelo público de pelo menos 30 pessoas, a maioria servidores, no corredor apertado. Mas houve também uma servidora que perguntou se o presidente eleito irá acabar com o Ministério do Trabalho. "Vai acabar com a Justiça do Trabalho? Vai acabar com a gente?", indagou uma mulher no meio da multidão.

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Na conversa com o presidente do TST, Bolsonaro disse que pretende aprofundar a amizade com os ministros do tribunal. Após o diálogo, falou sobre a necessidade de paz no País após uma eleição disputada. 

"Quem tem de dar sinais de pacificação somos nós. Vamos deixar os espíritos acirrados da época da eleição de lado", disse, falando em buscar soluções para o País. "Não faltará empenho e patriotismo e, como sou cristão, estarei sempre perto da imagem do senhor", disse.

Houve novo aperto na hora de sair do tribunal, com o presidente fazendo questão de cumprimentar e tirar fotos com os servidores que iam saudá-lo. 

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Da chegada ao térreo até a entrada no carro, funcionários reproduziram mais gritos de "mito" e sorrisos, muitos comemorando uma fotografia obtida ao lado do presidente eleito, que partiu rumo a outra reunião, no Superior Tribunal Militar. 

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