PUBLICIDADE

Carlos Bolsonaro ironiza preço da gasolina, mas compartilha reportagem sobre governo Bolsonaro

Vereador usa notícia fora de contexto para criticar gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) utilizou uma rede social nesta quarta-feira, 8, para ironizar o preço da gasolina. Na publicação, junto com figurinhas que remetem a “fazer silêncio”, o parlamentar compartilhou uma imagem de uma manchete do portal IG que afirma que o valor do combustível chegou a dez reais por litro em dois Estados. A reportagem, entretanto, foi publicada em março de 2022, durante o governo de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

PUBLICIDADE

Prontamente, o vereador foi desmentido pelos internautas, que buscaram a publicação original. “Coisa feia, hein, cabeça de filtro de barro? Postando as cagadas do teu pai como se fossem hoje?”, disse um usuário da rede. “Fake news é crime. Essa notícia é do governo do seu pai”, comentou outro.

O preço da gasolina foi um assunto espinhoso durante o governo Bolsonaro, que, como mostraram pesquisas de opinião, chegou a ser considerado o principal culpado pela crise. O aumento no valor do litro do combustível impactou negativamente a popularidade do ex-presidente que, durante a campanha eleitoral, recorreu à PEC dos Combustíveis para tentar segurar novos reajustes e baratear o insumo.

O texto, sancionado em junho de 2022, criou o teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Na época, entretanto, o ex-presidente vetou trechos incluídos pelo Senado Federal que beneficiariam os Estados na compensação pela perda de receita com o tributo.

Durante discussão no Congresso, a medida foi criticada por bancadas acionadas pelos governadores de diversos Estados, uma vez que o valor arrecadado pelo ICMS de combustíveis e energia elétrica é revertido nas esferas estaduais em políticas públicas voltadas para educação, saúde, segurança pública, dentre outros.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.