Ciro Nogueira diz que Derrite concorrerá ao Senado pelo PP em 2026 após acordo com Bolsonaro

Secretário de Segurança ocuparia uma das vagas em aliança com o PL na próxima disputa, enquanto Eduardo Bolsonaro ficaria com a outra

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O Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, deve deixar o PL e migrar para o Progressistas em breve para concorrer ao Senado por São Paulo em 2026. A informação foi confirmada com exclusividade ao Estadão/Broadcast pelo presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. O acordo foi selado num encontro em Angra dos Reis (RJ) entre eles e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última terça-feira, 4.

Derrite deve deixar o cargo no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no ano que vem para se candidatar a senador ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL), nome já confirmado pelo ex-presidente. Ambos devem compor os nomes da direita na próxima eleição para a Casa Alta, em que dois senadores podem ser votados e eleitos.

Ciro Nogueira, Jair Bolsonaro e Guilherme Derrite se encontraram em Angra dos Reis durante o carnaval Foto: Reprodução/Instagram via @cironogueira

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Bolsonaro possui interesse especial em eleger mais nomes para o Senado por conta da possibilidade desse Poder estabelecer processos de crime de responsabilidade contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e até protocolar impeachment.

“Vamos que vamos, presidente, vamos voltar”, disse Nogueira no vídeo publicado em suas redes sociais, no qual ele mostra Bolsonaro, Derrite e o ex-ministro das Comunicações de Bolsonaro, Fábio Faria. Na legenda, o senador escreveu: “Uma visita de carnaval com olhar em 2026″.

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Congestionamento na direita

Apesar da definição do PP por Derrite e da expectativa por Eduardo Bolsonaro pelo PL, há outros nomes na direita de olho na possibilidade de concorrer ao Senado. Como mostrou o Estadão, o ex-governador Rodrigo Garcia, que deixou o PSDB e atualmente está sem partido, e o deputado federal Ricardo Salles, que trocou o PL pelo Novo também são nomes cogitados. Salles já disse que tem intenção, mas também admite a possibilidade de disputar o governo do Estado se Tarcísio de Freitas (Republicanos) não concorrer à reeleição. Enquanto isso, na esquerda, há falta de nomes. O mais competitivo seria o deputado federal Guilherme Boulos, derrotado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) na última disputa à Prefeitura de São Paulo.

A direita também discute nomes para a chapa ao governo do Estado, sobretudo se Tarcísio decidir concorrer à Presidência da República. Além de Salles e Derrite, também considerados nessa equação, são citados os nomes do secretário Gilberto Kassab (PSD) e do presidente da Alesp, André do Prado (PL). Inicialmente, eles são considerados como opções para vice, se Tarcísio disputar a reeleição, podendo assumir a cabeça de chapa. O nome do prefeito Ricardo Nunes também é citado.

Pressão para PP sair do governo aumentou, segundo presidente da sigla

O anúncio de Ciro Nogueira de que Guilherme Derrite será candidato ao Senado pela sigla coincide com a pressão vocalizada por ele para que o PP deixe o governo Lula. Nesta quinta-feira, em entrevista à GloboNews, ele afirmou que a bancada tem reclamado da presença do ministro André Fufuca, do Esporte, no Executivo. “Para mim, Fufuca não deveria nem ter aceitado o ministério. Não quero mais postergar essa decisão”, declarou.

Ele completou que a sigla nunca entrou de fato no governo. “Ultimamente, tem criado certo constrangimento essa situação. Existe pressão da bancada para tomar essa decisão (da entrega do cargo de ministro do Esporte)”, continuou o senador. “Vou conversar sobre isso com algumas lideranças depois do Carnaval, como o deputado Arthur Lira.”

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