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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Base governista na CPMI do 8 de janeiro prepara cerco a Augusto Heleno para tirar foco de G. Dias

Governistas querem convocar generais ligados ao ex-chefe do GSI de Bolsonaro

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Por Augusto Tenório

A base governista na CPMI do 8 de janeiro prepara cerco ao ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, o general Augusto Heleno. Parlamentares querem convocar dois generais indicados por ele, que permaneceram no Planalto até o dia dos ataques golpistas. É uma maneira de desviar o foco do colegiado em Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI nomeado pelo presidente Lula. Ele pediu demissão após ser flagrado em vídeo caminhando com manifestantes no Palácio e já foi convocado a depor.

O general Augusto Heleno foi chefe do GSI durante o governo Bolsonaro Foto: Dida Sampaio / Estadão

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Os requerimentos visam convocar o ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, e o ex-secretário de segurança e coordenação presidencial do GSI, o general Carlos Feitosa Rodrigues. Representantes da base governista defendem que os militares, ligados a Augusto Heleno, tinham responsabilidade operacional e foram omissos diante dos alertas da ABIN, e não G. Dias. Eles usam como base o Inquérito Militar Policial (IPM) que investiga a conduta de militares durante os ataques.

Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues, apesar de nomeados por Heleno, foram mantidos em seus cargos por Gonçalves Dias quando o general assumiu o GSI. Eles foram exonerados pelo presidente Lula no dia 23 de janeiro. O depoimento de G. Dias na CPMI do 8 de janeiro é esperado já para agosto.

Mauro Cid

Como adiantou a Coluna, outro alvo da base governista na CPMI do 8 de janeiro é Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi convocado em julho, mas ficou em silêncio. Agora, governistas querem convocar um militar considerado seu “braço direito”, o segundo-tenente Osmar Crivelatti. Ele foi coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República e hoje segue como assessor pessoal do ex-presidente.

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