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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

CPMI vê elementos para indiciar aliada de Anderson Torres

Conteúdo apreendido no celular de Marília Ferreira complica situação do ex-ministro de Bolsonaro

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Por Roseann Kennedy e Augusto Tenório

Investigadores da CPMI do 8 de janeiro avaliam que há elementos suficientes para sugerir o indiciamento de Marília Ferreira, delegada da Polícia Federal, que foi diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres. Eles darão essa orientação à relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Apesar de Marília não ter sido ouvida pela CPMI, os técnicos avaliam haver indícios de seu envolvimento na produção do boletim de inteligência que deu base à operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno da eleição. A corporação fez blitze em diversas rodovias em redutos petistas, o que é interpretado como tentativa de interferência.

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em depoimento na CPMI do 8 de janeiro.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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A CPMI analisou conteúdo do celular da delegada. Num documento escrito no bloco de notas, ela afirma ter participado de diversas reuniões com Anderson Torres, que teria pressionado a cúpula da Polícia Federal para encontrar ligações entre o PT e facções criminosas e para intensificar o trabalho ostensivo em redutos eleitorais do partido. A informação sobre o conteúdo foi revelada pela Folha de São Paulo e confirmada pela Coluna do Estadão.

Marília, que foi ex-subsecretária de Inteligência durante a breve gestão de Torres na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), já era um dos alvos da CPMI. Ela deveria ter sido ouvida no dia 12 de setembro, mas não foi depor, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques.

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