Funcionários do antigo gabinete do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) já garantiram um emprego em gabinetes de políticos lavajatistas, em pouco mais de duas semanas depois da confirmação da cassação pela mesa da Câmara. Os ex-funcionários e Deltan organizaram uma planilha e os assessores puderam dizer com qual parlamentar desejavam trabalhar.
Duas pessoas foram alocadas na equipe da deputada federal Rosângela Moro (União-SP), esposa do senador Sergio Moro (União-PR), que atuou com Deltan na operação Lava Jato. Rosângela chegou a dizer para Deltan que contrataria todos, se fosse necessário, apesar de haver delimitação de vagas na Câmara. A distribuição, então, foi feita entre outros gabinetes de aliados.
Quatro deles ficaram em gabinetes de deputados federais. Os congressistas Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Felipe Francischini (União-PR), Adriana Ventura (Novo-SP) e Vinicius Carvalho (Republicanos-SP) – único que não se apresenta abertamente como lavajatista – absorveram o time de Deltan.
Outros dois assessores voltaram ao Paraná para trabalhar com o deputado estadual Fábio Oliveira (Podemos), que se define como “a voz da Lava Jato” na Assembleia Legislativa do Paraná. E dos nove que trabalhavam em Brasília, somente um não decidiu seu destino ainda.