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13 Estados liquidam eleição no 1º turno

Herdeiro político de Campos, Paulo Câmara tem vitória mais folgada em Pernambuco ao receber quase 70% dos votos válidos

Por Lucas de Abreu Maia
Atualização:
Paulo Câmara obteve 68,15% dos votos contra 31,46% do senador Armando Monteiro, do PTB Foto: Chico Peixoto/Leia Já Imagens

Dois terços dos eleitores brasileiro decidiram ontem mesmo quem governará seus Estados pelos próximos quatro anos. Entre as 13 unidades federativas que elegeram governadores já no 1.º turno, estão os dois maiores colégios eleitorais do País: São Paulo e Minas Gerais.

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PT e PSDB tiveram perdas e ganhos nos pleitos regionais. Os petistas tiraram dos tucanos o governo de Minas, com a vitória de Fernando Pimentel em votação única. Rui Costa (PT) também se saiu vitorioso na Bahia, depois de uma reviravolta que tirou o favoritismo do ex-governador Paulo Solto (DEM). O partido, contudo, vai enfrentar novas rodadas acirradas no Rio Grande do Sul – onde Tarso Genro sai atrás de José Ivo (PMDB) na tentativa de se reeleger –, no Ceará – com a disputa entre Camilo Santana e Eunício Oliveira (PMDB) – e no Acre – onde o governador Tião Viana enfrenta o tucano Marcio Bittar.

No entanto, o PT não foi nem sequer ao 2.º turno em alguns dos principais Estados do País. No Rio de Janeiro, o senador Lindberg Farias ficou apenas em quarto lugar. A disputa para saber quem vai enfrentar o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no 2.º turno foi bastante apertada e envolveu Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Deu Crivella, com vantagem inferior a 1 ponto porcentual.

Já no Distrito Federal, o atual governador petista, Agnelo Queiroz, ficou com a terceira posição. O 2.º turno será disputado entre Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR).

O PSDB, por sua vez, conseguiu garantir a reeleição de Geraldo Alckmin e abrirá um novo ciclo de quatro anos em São Paulo – é o sexto mandato consecutivo da sigla. No Paraná, Beto Richa foi outro tucano a renovar o mandato ainda no 1.º turno. Mas os tucanos Marconi Perillo (GO) e Simão Jatene (PA) terão de enfrentar novo turno.

O PMDB conseguiu eleger quatro governadores e pode ganhar em mais seis Estados. Já o PSB – partido que vinha crescendo a cada eleição – levou apenas em Pernambuco, mas tem chances em outros quatro Estados.

Encolhimento. Mesmo que ganhe todas essas disputas, o PSB elegerá menos governadores que em 2010, quando venceu em seis Estados. Mas obteve a vitória com maior porcentual no País, justamente no Estado natal de Eduardo Campos, presidente do partido morto em acidente aéreo em agosto.Paulo Câmara virou a disputa em cima do senador Armando Monteiro (PTB) e venceu com quase 70% dos votos válidos.

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O PSB, porém, perdeu o Espírito Santo, no qual Renato Casagrande perdeu para o antecessor, Paulo Hartung. O peemedebista recebeu mais de 53% dos votos válidos.

Tampouco haverá a necessidade de um 2.º turno em Santa Catarina, mas lá o governador Raimundo Colombo (PSD) foi reeleito com sobra. 

No Maranhão, a família Sarney saiu derrotada em votação única. Flávio Dino é o primeiro governador eleito na história do PC do B. Com mais de 60% dos votos válidos, ele derrotou Lobão Filho (PMDB).

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Nos demais Estados do Nordeste, o senador Wellington Dias (PT) foi eleito governador do Piauí, enquanto Renan Filho – herdeiro do presidente do Senado, Renan Calheiros – vai comandar Alagoas. O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB) foi reeleito. Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, haverá 2.º turno.

No Centro-Oeste, Mato Grosso elegeu o senador Pedro Taques (PDT). Haverá 2.º turno em Mato Grosso do Sul, entre Delcídio Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja. No Norte, região em que os resultados mais demoram a serem divulgados por causa do fuso horário e do isolamento geográfico, só o Tocantins definiu novo governador ontem. Os demais eleitores voltam às urnas no dia 26.

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