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Ações na Justiça Eleitoral tentam impedir divulgações

Já foram registradas 154 ações de candidatos, partidos e apoiadores pedindo remoção de conteúdo ou proibição de se divulgar informações relativas às eleições deste ano

Por Rodrigo Burgarelli
Atualização:

Até agora, a Justiça Eleitoral já registrou ao menos 154 ações de candidatos, partidos e apoiadores pedindo remoção de conteúdo ou proibição de se divulgar informações relativas às eleições deste ano. Este é o balanço do Eleição Transparente, projeto lançado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) com financiamento do Google. 

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O objetivo da iniciativa é monitorar os esforços de se suprimir informações em período eleitoral mensurando dados como a quantidade de ações, os maiores alvos e onde elas se concentram. São os próprios alvos dessas ações, como empresas jornalísticas, institutos de pesquisas e companhias de internet, que cadastram as ações das quais são acusadas no sistema. Uma equipe da Abraji também alimenta o banco de dados. 

Até agora, o líder de alvo dessas ações é o Google. Uma em cada quatro ações cadastradas teve como alvo o gigante da internet, que também é dono do YouTube. Várias ações pedem a retirada de vídeos do site, como a do candidato a governador do Rio Garotinho (PR) contra publicação do grupo de humor Porta dos Fundos. 

Em seguida, está o Ibope, com 10% dos pedidos. Certos candidatos costumam interpelar institutos de pesquisa na Justiça para não divulgar levantamentos - Lúdio Cabral (PT), candidato ao governo de Mato Grosso, conseguiu suspender uma pesquisa do instituto na semana passada.

“Sempre percebemos que no período eleitoral há um recrudescimento desse tipo de ação, mas é a primeira vez que conseguimos fazer essa medição e capturar os dados”, afirmou Guilherme Alpendre, secretário-executivo da Abraji. Os dados podem ser acessados pelo endereço http://www.eleicaotransparente.com.br.

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