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Dois rumos para o Itamaraty em jogo nas eleições presidenciais

Rubens Barbosa e Marco Aurélio Garcia dão pistas sobre como eleição mudará política externa brasileira

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Por Redação
Atualização:

A direção da política externa brasileira a partir de janeiro passa por dois homens ligados à área nos últimos governos de tucanos e petistas. O diplomata Rubens Barbosa, responsável pelo projeto de Aécio Neves (PSDB) para o Itamaraty, foi embaixador brasileiro em Londres (1994-1999) e Washington (1999-2004) durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, tornou-se um crítico dos rumos da política externa brasileira nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Ele sugere defesa mais vigorosa dos interesses das empresas brasileiras, abertura comercial “com ou sem aprovação do Mercosul” e a reaproximação do País de nações desenvolvidas, com objetivo de facilitar a cooperação e o acesso a novas tecnologias. Ao longo dos 12 anos de governo petista, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, rebateu com dureza as críticas à atuação recente do Itamaraty, principalmente quando acusado pela oposição de privilegiar países alinhados ideologicamente ao governo. Em geral, saudou a maior independência em relação aos EUA e o alinhamento do Brasil com posições firmadas pelo Brics, que reúne também Rússia, Índia, China e África do Sul. Resumidamente, a agulha da bússola diplomática tucana aponta para o Norte e o Ocidente, enquanto a petista tende a se dirigir a aliados no Sul e no Oriente.

Rubens Barbosa e Marco Aurélio Garcia falam sobre futuro da política externa brasileira Foto: Montagem/Estadão
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