PUBLICIDADE

Em nova reviravolta, candidato do partido de Bolsonaro ao governo do Paraná retoma campanha

Nova decisão da Justiça Eleitoral autoriza Ogier Buchi (PSL) a retomar atos nas eleições 2018

Por Katna Baran
Atualização:

O plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) confirmou nesta segunda-feira, 1, liminar que autoriza Ogier Buchi (PSL) a continuar a campanha pelo governo do Paraná nas eleições 2018 até julgamento final do seu registro de candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, Buchi poderá retomar todos os atos de campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica.

Ogier Buchi declarou que pretende ir até o fim na candidatura e que há um "pavor' em torno do seu nome nas urnas. Foto: Reprodução/Divulgação TV Band

PUBLICIDADE

Na sexta-feira, 28, por uma decisão monocrática do desembargador Jean Carlo Leeck, Buchi foi impedido de participar do debate entre os candidatos, promovido pela RICTV-Record. O magistrado atendeu pedido da Coligação “Pátria Brasil” (PSL/PATRI) impedindo o candidato do PSL de continuar qualquer ato de campanha como postulante ao governo do Paraná. 

O registro de candidatura de Buchi foi indeferido pelo TRE no último dia 18, mas ainda está pendente de julgamento no TSE. Isso ocorreu porque Ogier registrou a candidatura sozinho, contrariando a decisão partidária e da coligação, que optou, de última hora, não lançar candidato próprio ao governo após manifestação contrária da Executiva Nacional do PSL. 

Depois das convenções partidárias que decidiram pelo nome de Buchi, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) decidiu apoiar Ratinho Junior (PSD) na disputa pelo governo do Paraná. Em nota oficial, o PSL do Paraná defende que a decisão foi da Executiva Nacional da sigla.

Na última sexta-feira, depois de deixar o debate na Record, Buchi declarou que pretende ir até o fim na candidatura e que há um "pavor' em torno do seu nome nas urnas. “Percebo que existe um pavor de que eu participe dos debates e que possa ser votado pelas pessoas”, disse. Ele afirmou que o principal articulador contra a sua candidatura é o deputado federal Delegado Francischini (PSL), aliado de Bolsonaro no Estado, mas declarou que continua apoiando o presidenciável.

“Sei que existem interesses, milhões de interesses, que fazem as pessoas tomarem determinadas atitudes. Não consigo entender o interesse de o sujeito ir na tua casa, te convidar para ser candidato e três dias depois mudar de ideia”, disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.