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Lula ataca política de preços da Petrobras e promete acabar com paridade internacional

'É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina', diz petista

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Por Matheus de Souza
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar da Petrobras e, nesta manhã, durante entrevista à Rede RDR de rádio do Paraná, prometeu que, se eleito, vai acabar com a paridade internacional de preços da estatal.

“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina”, disse o petista.

'É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina', diz petista. Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 17/12/2021

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O ex-presidente também retomou as críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o chefe do Executivo perdeu o poder de governar e está “de quatro para o Congresso”.

“Um presidente tem que saber conversar, articular e lidar com os partidos políticos. Um presidente não se rende como Bolsonaro se rendeu. Ele entregou para a Câmara cuidar do Brasil, enquanto ele fica sentado na biblioteca do Palácio do Alvorada contando mentira”, declarou.

Segundo o petista, o País está “quebrado”, por causa da atual gestão. “Não há capitalismo em um país em que não há capital”, destacou o ex-presidente. “Nós esperávamos um Brasil desenvolvido em 2022, com 200 anos da Independência. E chegamos aqui com uma crise sanitária e um presidente irresponsável.”

Alianças

Empenhado na construção de acordos para formar seus palanques nos Estados, Lula anunciou que apoia a pré-candidatura de Roberto Requião para o governo do Paraná, e que vai trabalhar para que o PT regional siga o mesmo caminho, abrindo mão de ter candidato próprio no Estado. Requião espera unificar as legendas de esquerda no Paraná, governado por Ratinho Jr. (PSD), que é aliado de Bolsonaro e deve tentar a reeleição. Atualmente, Requião está sem partido, mas tem negociações adiantadas para se filiar ao PSB. Emedebista histórico que, inclusive, já governou o Estado, Requião abandonou o MDB em agosto do ano passado. 

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