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'Moro não quer exposição pública de Lula nas eleições', diz Haddad

Juiz alega que a alteração das datas das audiências de processo do sítio de Atibaia tem por objetivo 'evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios'

Por Mariana Haubert e Ricardo Galhardo
Atualização:

Candidato à vice-presidente na chapa do PT  nas eleições 2018, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad criticou nesta quarta a decisão do juiz Sérgio Moro de adiar o depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva daria na ação do sítio de Atibaia.

Moro alegou que a alteração das datas das audiências tem por objetivo "evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios". O interrogatório foi remarcado para novembro. Os interrogatórios de outros 12 réus na mesma ação também foram adiados.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

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"É curioso que na oportunidade que Lula tem de se defender, é cassado o direito dele de falar antes das eleições? Por que ele não adiou os depoimentos das testemunhas de acusação também, que nada acrescentaram?", questionou Haddad.

A presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que a intenção de Moro é retirar Lula da exposição pública no período eleitoral. "Se não fosse época de eleição, ele faria isso como já fez tantas vezes. É apenas perseguição", disse. "O que vemos com Lula é uma exceção completa".

Ambos participaram de uma entrevista coletiva junto aos governadores Fernando Pimentel (MG) e Wellington Dias (PI), a deputada Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB e a deputada estadual Manuela D´Ávila (RS).

Antes, o grupo havia se reunido com outros deputados, senadores e governadores do partido para definir as estratégias de campanha.

As audiências estavam marcadas para datas entre 27 de agosto e 11 de setembro. Os interrogatórios agora devem ocorrer entre 5 e 14 de novembro.

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