PUBLICIDADE

O que fazer em 2015

O que prometem as equipes econômicas dos três principais candidatos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Marcio Holland, secretário de Política Econômica do governo Dilma Rousseff, não vê necessidade de tarifaço em 2015 e acena com simplificação de tributos para reduzir o Custo Brasil.

PUBLICIDADE

O governo descarta um grande aumento de tarifas em 2015,tido como inevitável pela oposição. Como vê a questão?  Não vemos sentido em tarifaço para 2015. Os preços administrados acumulam alta de 5% nos 12 meses até julho. A gasolina na refinaria aumentou 31,5% entre janeiro de 2011 e julho de 2014. No mesmo período, o IPCA teve alta de 22,3%. A boa política recomenda a suavização dos reajustes. 

Em que escala a presidente, se reeleita, lidaria com astarefas de reduzir desigualdades e financiar o crescimento? Buscar a redução de desigualdades e ao mesmo tempo ampliarinvestimentos não são tarefas excludentes. As políticas públicas têm levado o País a níveis cada vez menores dedesigualdades. Com a crise de 2008, elas aumentaram na maioria dos países - e não no Brasil. Temos que sustentar o tripé macroeconômico, com câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.

Cite três ideias que a presidente pretende implantar parareduzir o Custo Brasil.Dar continuidade ao que iniciamos, que é consolidar e ampliar as concessões ao setor privado, ampliarinvestimentos em educação e qualificação profissional e avançar na reforma tributária.

Será mantida a atual política de créditos do BNDES para setores específicos?Há confusão sobre o papel do BNDES em geral. Ele tem-semostrado vital na agenda de crescimento de longo prazo. Emtorno de 52% do BNDES vai para infraestrutura e 34% paramicro e pequena empresa. 

Alexandre Rands, economista pernambucano, é auxiliar deEduardo Giannetti da Fonseca, que responde pelo projeto econômico de Marina Silva (PSB). Ele prevê aumento de tarifas e defende mudar a “lógica de funcionamento do Estado”.

As oposições falam em um aumento de tarifas no início de 2015. O sr. é a favor?Sim, aumentar o preço da gasolina e da energia. Não tem de ser tudo ao mesmo tempo, é preciso ter uma previsão do impacto inflacionário, mas a meta é realinhar os preços paraque fiquem dentro do que seria o preço definido pelo mercado.

Publicidade

Em que escala um governo de Marina Silva lidaria com as tarefas de reduzir desigualdades e financiar o crescimento?Trabalhamos com a ideia de que as duas coisas não são contraditórias. É possível ter uma política de desenvolvimento e também promover a distribuição de renda. Esta é a ideia: que os elevados índices de crescimento promovam a igualdade de renda, investindo, por exemplo, em educação.

Cite três ideias de um governo Marina para reduzir o Custo Brasil.Primeiro, reforma tributária. Segundo, buscar a expansão dainfraestrutura, com maior ênfase em PPPs. A terceira seria a mudança da lógica do funcionamento do Estado. Ele vai parar de funcionar como se fosse o criador da sociedade e que esta funcione para satisfazê-lo. 

Será mantida a atual política de créditos do BNDES para setores específicos?A estratégia será diferente. Não tem razão as taxas de alguns empréstimos estarem tão baixas. Aumentá-las um pouco não vai inviabilizar o investimento. Na verdade essapolítica é pura transferência de dinheiro para empresários, não tem razão de ser. 

Arminio Fraga, tido como eventual ministro da Fazenda de Aécio Neves, e Mansueto de Almeida, seu auxiliar, preveem aumento de energia e combustíveis, retomada do tripé macro e agências reguladoras fortes.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

As oposições falam em um aumento de tarifas no início de 2015. Como seria?Para a energia, o reajuste já está definido pelas regras dos contratos atuais. Para os combustíveis, nosso compromisso é ter uma forma clara de reajuste e implementá-la rapidamente. A demora custa caro à Petrobrás e ao Tesouro. 

Em que escala um governo de Aécio Neves lidaria com as tarefas de reduzir desigualdades e financiar o crescimento?No caso do financiamento do crescimento, o aumento de investimento virá por aumentos na poupança pública. Num primeiro momento, com mais poupança externa, graças àrecuperação de credibilidade da economia. No caso das desigualdades, com maior crescimento podemos aumentar os gastos sociais - Bolsa Família, educação básica e saúde.

Cite três ideias de um governo Aécio Neves para reduzir o Custo Brasil.A reforma tributária, já no início do governo. Adoção de marcos regulatórios, fortalecendo as agências reguladoras. Recuperação do tripé macro, com metas de recuperação dosuperávit primário.

Publicidade

Será mantida a atual política de créditos do BNDES parasetores específicos?Essa política de subsídios não se mostrou eficiente e temelevado custo fiscal. Só existe porque o governo não paga a conta. É uma forma de compensar o fracasso do governo nasreformas. É um esqueleto para o próximo governo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.