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Resumo das Eleições 2018: Bolsonaro rebate Ciro e TSE pode julgar processo de Lula

Alckmin ataca Bolsonaro e manda indireta ao PT no Jornal Nacional e defesa de Lula culpa TRF-4 por 'instabilidade político-jurídica'; veja destaques desta quinta-feira

Por Igor Moraes
Atualização:

De segunda a sexta, o Estado publicará resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.

Confira abaixo os destaques desta quinta-feira, 30:

Bolsonaro rebate Ciro

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Em agenda de campanha na cidade de Porto Alegre, o candidato Jair Bolsonaro rebateu as declarações de Ciro Gomes, que o chamou de “projetinho de Hitler tropical” nesta quarta, 29.

“Ele (Ciro) diz que Hitler é inteligente. Ele está tendo coragem de elogiar Hitler, o que já é uma coisa bastante complicada”, disse o candidato do PSL.

Em Campinas (SP), Ciro Gomes voltou a citar o termo “Hitlerzinho tropical” nesta quinta-feira. Assista o vídeo do Carrapato Estadão:

Vídeo de Alckmin

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Na capital gaúcha, Bolsonaro também foi questionado sobre o vídeo de campanha de Geraldo Alckmin divulgado nesta quinta-feira. O material mostra objetos que representam problemas nacionais sendo atingidos por projéteis e termina com a mensagem “não é na bala que se resolve”.

Assista o vídeo abaixo:

“Armas não geram violência e flores não garantem a paz. Ele que deixe de andar com carro blindado e segurança que eu acredito na proposta dele”, respondeu Bolsonaro.

‘Remake’

Após acusações nas redes sociais, a campanha de Alckmin nega que o vídeo seja plágio de uma campanha inglesa pelo desarmamento. O vídeo, de 2007, é muito parecido com a peça de campanha do tucano. Clique aqui para ver a peça original.

MEC não comprou livro exibido por Bolsonaro

Bolsonaro durante entrevista no Jornal Nacional Foto: TV GLOBO

O livro “Aparelho sexual e Cia”, exibido por Bolsonaro durante entrevista ao Jornal Nacional, nunca foi comprado pelo Ministério da Educação.

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De acordo com checagem publicada no Estadão Verifica, o livro não fez parte do conteúdo de combate à homofobia nas escolas brasileiras que ficou apelidado de “kit gay”.

Segundo a editora Companhia das Letras, que publicou o livro no Brasil, em 2011 o Ministério da Cultura comprou 28 exemplares para bibliotecas públicas.

Ameaça com arma

O candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Uma funcionária da campanha eleitoral de Guilherme Boulos (PSOL) afirmou ter sido ameaçada com uma arma de fogo por um fã de Bolsonaro. Segundo o relato, o caso teria acontecido em frente ao comitê do candidato do PSOL, em Pinheiros, zona oeste paulistana.

A vítima, que teve o nome preservado, registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira, 29, sobre o caso na Polícia Civil.

Alckmin X Bolsonaro I

Geraldo Alckmin acusou Bolsonaro de “não ter apreço” pelas pessoas ao comentar declarações de Ciro, que chamou o adversário de “Hitlerzinho”. “Um candidato que não tem apreço pelos mais pobres, pelas mulheres, pelos negros, pelos gays, pelos índios e pelas empregadas domésticas não é possível. A política precisa enxergar as pessoas. Não pode deixar ninguém para trás. Se não, é a incivilização. O grande massacra o pequeno. É com diálogo que vamos crescer”, disse o tucano. 

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Alckmin X Bolsonaro II

Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) no debate da Band Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

Para tentar conter o avanço de Bolsonaro no eleitorado paulista, a campanha de Geraldo Alckmin apelou a militantes e dirigentes de siglas aliadas para promover o tucano e desconstruir o adversário. Enquanto o ex-governador tem 16% das intenções de voto em São Paulo, Bolsonaro lidera as pesquisas com 22% no Estado (no cenário sem o ex-presidente Lula).

O temor é que Geraldo Alckmin repita o mesmo fenômeno que custou a derrota de Aécio Neves na corrida presidencial de 2014. Naquele ano, o tucano perdeu por 550 mil votos para Dilma Rousseff em Minas Gerais. Caso conseguisse uma vitória folgada em seu reduto eleitoral, Aécio teria conquistado a Presidência.

Alckmin X Bolsonaro III

Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB, em evento no Rio. Foto: Wilton Junior/Estadão

A campanha de Alckmin quer intensificar movimentos para atrair eleitores de Bolsonaro nas eleições 2018, mas não deve atacar diretamente o candidato do PSL para isso. A estratégia é vender a ideia de que votar em Bolsonaro pode ajudar a eleger o PT, uma vez que no segundo turno seriam “todos” contra o capitão reformado.

Alckmin no JN: indireta ao PT

Alckmin repetiu mais uma vez o mantra de que vai governar “com os melhores quadros de todos os partidos”. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Alckmin foi sabatinado na bancada do Jornal Nacional nesta quarta-feira, 29. Durante a entrevista, ele foi questionado sobre as alianças na campanha eleitoral de 2018 e a tolerância do PSDB com tucanos envolvidos em casos de corrupção.

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Presidente nacional do partido, Alckmin disse que a sigla “não passa a mão na cabeça de ninguém” e, após insistência do âncora William Bonner, disparou uma indireta aos petista que protestam contra a prisão de Lula.

“Nós não vamos na porta da penitenciária para contestar Justiça. Não transformamos réu em vítima", disse.

Registro de Lula

A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse nesta quinta-feira, 30, que discussões sobre o registro de candidaturas presidenciais não precisam necessariamente estar na pauta de sessões extraordinárias. A avaliação indica que a sessão desta sexta-feira, 31, pode incluir o processo do ex-presidente Lula.

A inclusão do caso só deve acontecer depois da defesa do petista se manifestar sobre os pedidos de impugnação feitos à Justiça Eleitoral. O prazo termina às 23h59 desta quinta-feira, 30.

Culpa do Tribunal da Lava Jato

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba desde 7 de abril Foto: EFE/Antonio Lacerda

O Broadcast Político teve acesso a parte da manifestação que será enviada pela defesa de Lula. Em mais de 200 páginas, a resposta  ao TSE culpa, “em alguma medida”, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) pela “instabilidade político-jurídica” do julgamento do registro do ex-presidente e pede respeito aos compromissos internacionais de proteção aos direitos humanos.

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Lula nas pesquisas eleitorais

O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral Foto: Evaristo Sá/AFP

O ministro Tarcísio Vieira, do TSE, rejeitou um pedido para que o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, não fosse incluído em pesquisas eleitorais. Na decisão, o magistrado destacou uma resolução da Justiça Eleitoral que garante, nos levantamentos de intenção de voto, devem constar “os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido”.