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Resumo das Eleições 2018: grupo contra Bolsonaro cresce e Haddad nega indulto para Lula

Presidente do TSE defende urnas eletrônicas, Ciro Gomes critica voto útil e Alckmin deverá retomar ataques em campanha; veja destaques desta terça

Por Igor Moraes
Atualização:

De segunda a sexta, o Estado publicará resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.

Confira abaixo os destaques desta terça-feira, 18:

Urnas eletrônicas são confiáveis, garante presidente do TSE

A presidente do TSE, ministra Rosa Weber Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Nesta terça-feira, 18, a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que as urnas eletrônicas são “absolutamente confiáveis” e que, em 22 anos de utilização, nenhuma fraude foi constatada.

A magistrada lembrou que as urnas são auditáveis e que, nas eleições de 2014, o PSDB pediu uma auditoria depois da derrota do senador Aécio Neves para Dilma Rousseff na corrida presidencial.

Em transmissão ao vivo pela internet no último domingo, 16, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) disse que as eleições 2018 poderiam resultar em uma fraude por conta da ausência do voto impresso.

“As pessoas são livres para expressar a própria opinião, mas quando essa opinião é desconectada da realidade, nós temos que buscar os dados da realidade”, rebateu Rosa Weber.

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Dallagnol rejeita teorias da conspiração

O procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol Foto: Fabio Motta/Estadão

Quem também comentou sobre possibilidades de fraude no processo eleitoral foi o procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da operação Lava Jato. Ele afirmou não ser “simpático a teorias da conspiração” e disse não haver evidências de irregularidades que tenham alterado o resultado das eleições.

"Eu desconheço resultados de votações que tenham sido significativamente divergentes de pesquisas que possam amparar a conclusão que existam fraudes em urnas eletrônicas hoje", disse Dallagnol, que ainda ressaltou que o comentário não é uma resposta para Bolsonaro.

Vídeo de apoio a Bolsonaro é ‘fake’

De acordo com checagem do Projeto Comprova, é falso o vídeo publicado no Facebook pela página “Bolsonaro Presidente Sudeste”, o qual alega que um milhão de pessoas fizeram um coro na Esplanada dos Ministérios para apoiar o presidenciável do PSL.

A gravação original foi publicada no YouTube no dia 15 de março de 2015, em um ato pela impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Grupo contra Bolsonaro cresce após ataques

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Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência da República Foto: REUTERS/Diego Vara

Depois de ser hackeado e ficar fora do ar em diferentes ocasiões, o grupo do movimento de mulheres contra a candidatura de Bolsonaro alcançou o número de 2,5 milhões de integrantes no Facebook. No fim de semana, a hashtag #EleNão foi utilizada 193,4 mil vezes; e a #EleNunca, 152 mil vezes.

De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as hashtags foram usadas de maneira recorrente em postagens sobre os ataques contra a página e também em denúncias sobre ameaças sofridas pelas administradoras e participantes do grupo.

Campanha reage com Bolsonaro e filha

Jair Bolsonaro afirma que não vacinará sua filha, Laura, contra a covid. Foto: Reprodução

Para reagir ao movimento na internet de mulheres na internet, a campanha de Bolsonaro começou a divulgar imagens de família e mensagens de repúdio à violência sexual.

O presidenciável apareceu em vídeo ao lado da filha Laura, de 8 anos, e relatou que desfez uma vasectomia para que sua esposa, Michelle de Paula, pudesse engravidar.

Prefeito de Chapecó expulso do PSB

Luciano Buligon, prefeito de Chapecó-SC Foto: Reprodução/Twitter de Luciano Buligon

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, foi expulso do PSB após anunciar apoio a candidatura de Bolsonaro. A decisão foi de Carlos Siqueira, presidente do partido.

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O PSB decidiu em seu Congresso Nacional, realizado em agosto, liberar seus candidatos para apoiarem quaisquer candidatos a presidente nas eleições 2018. A única restrição era o apoio a Bolsonaro.

Alckmin ‘linha dura’

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para atrair os eleitores de Bolsonaro, a campanha de Geraldo Alckmin reforçou o discurso na área da segurança pública e prometeu endurecer as leis ao lançar durante o horário eleitoral desta terça, 18, um programa chamado “Linha Dura”.

A propaganda tucana, que poupou ataques diretos contra Bolsonaro, prometeu criar uma força tarefa de elite “nos moldes do FBI”.

Alckmin nega debandada de aliados

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Na tarde desta terça, 18, Alckmin disse, de forma enfática, que não tem qualquer procedência a sugestão de que uma debandada de partidos de sua coligação esteja em curso.

De acordo com reportagem do Estado, a campanha do ex-governador tenta evitar a debandada de aliados e quer reforçar a visibilidade do presidenciável em São Paulo nas últimas três semanas que antecedem o primeiro turno das eleições 2018.

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Retomar ataques contra Bolsonaro

O candidato do PSDB Geraldo Alckmin faz campanha Foto:Leo Correa/AP Foto: Leo Correa/AP

Após reunião com aliados do Centrão da tarde desta terça, 18, a campanha de Alckmin deverá retomar os ataques contra Bolsonaro. O ex-governador reforçou o tom antipetista e deverá argumentar que votar em Bolsonaro significa garantir o PT no segundo turno.

Alckmin leva tombo

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB àPresidência da República, tropeça e cai com uma criança no colo durante visita àcreche Alecrim, na cidade satélite Estrutural, em Brasília. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O presidenciável tucano levou um tombo nesta segunda-feira, 17, ao visitar uma creche nos arredores de Brasília. Alckmin estava com um menino no colo e perdeu o equilíbrio quando outras crianças se enroscaram em suas pernas. Ninguém ficou ferido.

‘Voto útil é insulto’, diz Ciro Gomes

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República Foto: Andre Penner/AP

O candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, disse seu projeto de governo não é o mesmo do PT e declarou que o apelo ao voto útil é um “insulto à experiência popular”. Ele rebateu qualquer estratégia para atrair o voto de Alckmin e Marina Silva (Rede) para evitar as vitórias do PT ou de Bolsonaro nas eleições 2018.

"Para um democrata, a presunção é confiança no voto popular. Então, acredito que essa história de voto útil é um insulto à experiência popular", disse o presidenciável durante campanha em São Paulo nesta terça, 18.

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Não ao indulto para Lula, diz Haddad

Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência Foto: Daniel Ramalho/AFP

Fernando Haddad, candidato pelo PT nas eleições 2018, disse que não vai dar indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso desde abril pela Lava Jato.

"Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do Judiciário", afirmou o ex-prefeito de São Paulo.

Haddad confrontado por eleitores de Bolsonaro

Eleitores de Bolsonaro compareceram a um evento de campanha de Haddad em Itajaí, Santa Catarina. O grupo cantou músicas contra a esquerda e chegou a trocar xingamentos com militantes petistas. O Estadão Carrapato flagrou o ocorrido, assista abaixo o vídeo:

 

Conheça os candidatos ao Senado em 2018

Plenário do Senado Federal Foto: André Dusek/Estadão

Nas eleições 2018, os eleitores terão de votar duas vezes para o Senado. Isso acontecerá porque, este ano, dois senadores serão eleitos por Estado. Para saber quem são os candidatos em todo o País, clique aqui.

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Zapatero fala sobre eleições 2018

O ex-premiê espanhol José Luis Rodriguez Zapatero em evento em São Paulo. Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

"A campanha é decisiva porque o Brasil é uma referência para a América Latina e para a ordem mundial". Esta é a avaliação do ex-premiê espanhol José Luis Rodrigues Zapatero sobre as eleições 2018 no Brasil. Em visita ao Brasil para um seminário, ele concedeu entrevista exclusiva para o Estado. Clique aqui para conferir a íntegra.