As denúncias de coação no ambiente de trabalho por motivação eleitoral já chegam a 155, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). Desde a semana passada, foram registrados 35 novos casos de funcionários que relataram ter sofrido algum tipo de pressão para votar em um determinado candidato nas eleições 2018, o que é proibido por lei. Segundo a procuradoria, pelo menos 55 empresas estão envolvidas.
De acordo com levantamento feito pelo MPT, a região Sul continua como a que registrou maior número de queixas até o momento, representando 77% do total – foram 64 denúncias em Santa Catarina, 24 no Paraná e 32 no Rio Grande do Sul.
Nenhum dos outros Estados registrou mais de dez casos até o momento. Houve ocorrências no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Distrito Federal. A pesquisa não especificou para quais candidatos os empregadores têm direcionado a pressão por votos.
Se ficar comprovado que empresas estão sugestionando os trabalhadores a votar em determinado candidato ou mesmo condicionando a manutenção dos empregos ao voto em determinado candidato, a empresa pode ser alvo de ação civil pública.
Um dos casos de maior repercussão durante a campanha eleitoral envolveu o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan, que foi processado pelo Ministério Público do Trabalho por coagir funcionários a votar no candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.
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