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Eleitor não quer saber de alianças, afirma Campos

Para candidato do PSB à Presidência, povo tem mais interesse em debate da ‘sua pauta’ do que nas coligações feitas entre os partidos

Por Daiene Cardoso
Atualização:

Atualizado em 30.06

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BRASÍLIA - Após as divergências internas nas negociações de alianças estaduais em meio à formação da candidatura com a Rede de Marina Silva, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, minimizou o interesse do eleitor em coligações feitas pelos partidos.

"O povo brasileiro que não tem filiação partidária, que não vai disputar eleição, não quer saber se a coligação em tal Estado é assim ou assado, mas se tem na política alguém disposto a fazer o debate que não é só do mundo dos políticos, mas do seu mundo, da sua pauta, do seu sonho", disse Campos ontem ao participar de congresso do PSB que definiu a composição do diretório nacional da sigla.

Ele também afirmou que, após a discussão sobre as alianças, sua chapa com Marina inicia a campanha no dia 6 de julho "completamente unida e revigorada". "A marca que ficou é que crescemos todos na compreensão dos valores democráticos. Saímos unidos. Agora esse debate faz parte do passado", disse. "O debate de palanque passou, agora é o debate com o povo sobre o que vamos fazer a partir de 1.º de janeiro", disse o candidato, que reconheceu: "Não tínhamos consenso em todos os cantos".

Os maiores embates entre a Rede Sustentabilidade, da vice Marina, e o PSB aconteceram em São Paulo, onde o partido de Campos se aliou aos tucanos, e no Rio de Janeiro, onde a legenda integra o palanque petista. Marina e seu grupo defendiam candidaturas próprias nesses Estados.

Antes da convenção, Campos teve uma conversa com Marina para "sepultar" as diferenças entre os dois. Ele afirmou que muitos torceram para que as divergências minassem sua candidatura: "Tantos torceram para que isso não desse certo".

No discurso para a militância do PSB, Campos voltou a criticar o governo Dilma Rousseff. Para ele, a petista entregará o País em condições piores do que quando sucedeu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Pela primeira vez, vamos ver uma presidente eleita entregar um país pior do que recebeu", afirmou o candidato.

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Campos disse que os próximos meses servirão para convencer o eleitorado de que sua candidatura manterá os programas bem-sucedidos do governo federal. O foco da campanha, segundo o candidato do PSB, será levar à população mensagem de que existe um "caminho novo". "Não fazemos política para ficarmos acomodados na conveniência", disse.

O candidato do PSB ainda afirmou que sua campanha será modesta e "limpa". "Eleição não se ganha com estrutura e dinheiro, mas com história e posicionamento correto", pregou o ex-governador de Pernambuco.

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