BRASÍLIA - Em nota, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse que recebeu com "serenidade" a decisão do plenário do Senado para retomar o mandato parlamentar.
"A decisão restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático, garantindo tanto a plenitude da representação popular, como o devido processo legal, assegurando ao senador a oportunidade de apresentar sua defesa e comprovar cabalmente na Justiça sua inocência em relação às falsas acusações das quais foi alvo", diz o texto. No site da Casa, Aécio já consta como "senador em exercício" e pode reassumir sua cadeira.
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Por 44 votos a 26, o plenário do Senado decidiu barrar na noite desta terça-feira, 17, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impunha medidas restritivas ao senador, denunciado por propinas de R$ 2 milhões de executivos da JBS.
Não houve nenhuma abstenção. Para atingir o resultado, seriam necessários pelo menos 41 parlamentares a favor ou contra o tucano - caso contrário, a apreciação teria que ser refeita em outra data.
ANÁLISE Revés de Aécio é da classe política
Pouco antes da votação, Aécio enviou uma carta para sensibilizar os senadores. No texto, ele disse que foi vítima de violenta "trama ardilosa" envolvendo agentes públicos da Procuradoria-Geral da República (PGR), em referência às investigações que apontam suposta participação de procuradores nas gravações telefônicas que embasaram acordo de delação premiada da empresa JBS.