O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, rebateu nesta quinta-feira, 13,as acusações da bancada do PT, que encaminhou ação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a abertura de processo administrativo contra ele, por ter sugerido que o programa Territórios da Cidadania, do governo Lula, poderia ser contestado juridicamente, por eventual caráter eleitoreiro. Veja Também: Em ano eleitoral, Lula lança programa social de R$ 11,3 bi Veja os principais programas sociais do governo Lula Tarso defende declarações de Lula sobre ministros do STF Crítica de ministro do STF é 'inadmissível', diz Rands Lula se irrita e critica ministros do STF "Eu não sabia que incomodava tanto. Evidentemente, não estão me aplaudindo. Se eu estivesse estimulando práticas à margem da lei, talvez não tivesse a representação. Se eu aplaudisse a concessão de benesses em ano eleitoral, contrariando a lei, talvez mandassem fazer um busto com a minha imagem para ser colocado na Praça dos Três Poderes, ironizou Marco Aurélio, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal. E completou: "Eu acho graça. O que eu vejo nisso é uma vertente extremada, cerceando a liberdade de expressão. Os novos ares constitucionais não viabilizam essa ótica, esse modo de pensar". A bancada do PT na Câmara formalizou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma reclamação contra Marco Aurélio , na qual pede a abertura de processo administrativo por falha funcional. Juridicamente, a reclamação do PT abrirá um debate no CNJ. Há dúvidas se o Conselho pode investigar e punir ministros do Supremo. "Nós achamos que pode", adianta o líder do PT, deputado Maurício Rands (PT-PE). Já o ministro Marco Aurélio diz ter dúvidas sobre esse poder: "CNJ pode exercer esse crivo em relação ao ministro do Supremo? Isso está em aberto. Vamos ver o que o CNJ vai dizer. Quem sabe ele me afaste das funções? Estou precisando mesmo descansar", conclui. (Colaborou Denise Madueño, de O Estado de S.Paulo) Texto atualizado às 14h40