Brasília - O governo corre agora contra o tempo para formar uma nova diretoria para a Petrobrás. Com a oficialização da renúncia da presidente da Petrobrás, Graça Foster, e dos outros cinco integrantes do comando da empresa, o Palácio do Planalto precisará definir até sexta-feira, 6, quando serão submetidos os nomes ao Conselho de Administração da estatal.
Nesta quarta-feira, 4, um ofício da estatal encaminhado à BM&FBovespa afirma que Graça Foster e outros cinco diretores apresentaram pedidos para deixar os cargos ocupados. O texto diz ainda que o novo comando será eleito nesta sexta, quando o conselho vai se reunir.
A presidente Dilma Rousseff recorreu ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para organizar o processo de escolha dos nomes que farão parte da nova diretoria e, principalmente, apontar um nome forte o suficiente para presidir a Petrobrás justamente no momento em que a empresa atravessa sua maior crise política provocada pelos escândalos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A ideia do governo é trazer para a Presidência da Petrobrás um nome que provoque um impacto positivo sobre a imagem da empresa. Dentro do Planalto, o movimento foi apelidado de "solução Levy". Ou seja, alguém que cause o mesmo revigoramento que a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda causou no mercado e entre investidores e empresários.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de ver no cargo o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Mas não conseguiu convencer até agora a presidente Dilma.