Grupos anti-Dilma se unem para novo ato, mas racham na pauta
Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua divergem quanto a pedido de impeachment da presidente no protesto do dia 12
PUBLICIDADE
Por Valmar Hupsel Filho
Atualizar às 22h45
PUBLICIDADE
São Paulo - Os principais grupos que organizaram os protestos de rua contra o governo da presidente Dilma Rousseff em 15 de março estarão juntos novamente no dia 12 de abril, quando está marcada uma nova manifestação em São Paulo e em diversas cidades brasileiras. Mas, apesar de coabitarem novamente o mesmo espaço e concordarem em diversos pontos, o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua continuarão divergindo sobre o objetivo final: o pedido de impeachment da petista.
O protesto de abril foi anunciado pelo Movimento Brasil Livre ainda de cima do carro de som, na Avenida Paulista, no dia 15, com objetivo claro de pedir novamente o impeachment. No dia seguinte, o Revoltados On Line, grupo atuante na internet que também levou carro de som no protesto para pedir o impeachment, confirmou presença no dia 12. A adesão do Vem Pra Rua aconteceu no domingo passado.
O grupo liderado pelo engenheiro Rogério Chequer, de 46 anos, entretanto, é um contraponto aos demais e se posiciona contra o impedimento da presidente. Para o dia 12, o VPR já iniciou o trabalho de convocação de seguidores para um manifesto que terá como tema “Eles não entenderam nada”.
Publicidade
Protestos tomam a Av. Paulista
1 / 22Protestos tomam a Av. Paulista
Protestos tomam a Av. Paulista
A população tomou a Av. Paulista em protesto contra o governo de Dilma Rousseff Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Os manifestantes carregam cartazes em defesa da saída da presidente do cargo Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
A PM estima que aproximadamente 1 mi de pessoas estejam no protesto Foto: Rafael Arbex/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
O clima é tranquilo, mas pela quantidade de pessoas, a PM não descarta a possibilidade de tumultos Foto: Rafael Arbex/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Nem mesmo a chuva dispersou os manifestantes Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Alguns manifestantes pede pela intervenção militar no País Foto: William Jousseph/Divulgação
Protestos tomam a Av. Paulista
As principais capitais do país registraram protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff Foto:
Protestos tomam a Av. Paulista
No início da tarde, o Planalto anunciou que Dilma se reuniria com o ministro da Justiça para discutir as manifestações Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Na avaliação do Planalto, manifestações deste domingo são representativas e presidente deve lançar pacote com medidas anticorrupção Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Nas redes sociais, cerca de 500 mil pessoas prometeramcomparecer a atos previstos em 21 Estados Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
O ex-jogador de futebol Ronaldo, conhecido por apoiar Aécio Neves, também participa do ato Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Manifestantes a favor da intervenção militar gritavam: "só a intervenção irá salvar esta nação" Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
O impacto dos atos que acontecem no país é discutido pela equipe de governo de Dilma Foto: Pedro Venceslau/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Grupos de todas as idades estavam nas ruas de São Paulo neste domingo Foto: Werther Santana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
Nem mesmo o 11 de Setembro foi esquecido pelos manifestantes Foto: Paulo Saldana/Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
O ex-delegado do DopsCarlos Alberto Augusto,braço direito do delegado Sergio Fleury no período da ditadura, participa da manifestacao de hoje na Aveni... Foto: Paulo Saldaña/EstadãoMais
Protestos tomam a Av. Paulista
A população tomou a Av. Paulista em protesto contra o governo de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Leitor
Protestos tomam a Av. Paulista
A população tomou a Av. Paulista em protesto contra o governo de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Estadão
Protestos tomam a Av. Paulista
As principais capitais do país registraram protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Leitor
Protestos tomam a Av. Paulista
As principais capitais do país registraram protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Leitor
Protestos tomam a Av. Paulista
A população tomou a Av. Paulista em protesto contra o governo de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Leitor
Protestos tomam a Av. Paulista
A população tomou a Av. Paulista em protesto contra o governo de Dilma Rousseff. Foto: Renato Zampa/ Leitor
A ideia, segundo Chequer, é criticar a reação do governo ao protesto do dia 15, considerada por ele dissociada das reivindicações das ruas. “O governo não trouxe nada de novo depois das maiores manifestações de rua da História do Brasil. É muito fácil dizer que respeita as manifestações, mas ignorar a demanda delas só aumenta o desrespeito”, disse, ressaltando que o grupo não mudou, mas aprofundou o foco.
Para abril, o VPR definiu três bandeiras principais: a redução do número dos ministérios, transparência nos dados sobre os empréstimos do BNDES e o impedimento do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli para julgar os casos relacionados à Operação Lava Jato.
‘Acessórios’. O líder do MBL, o também empresário Renan Santos, de 30 anos, disse considerar importantes pautas como as reivindicadas pelo VPR, mas lembra que o manifesto do dia 12 foi convocado para fazer um novo pedido de impeachment. “Todas essas pautas são aderentes à do impeachment. Ninguém está saindo para a rua para pedir a redução dos ministérios”, disse. Segundo ele, os grupos estão “juntos nos acessórios, mas não no principal”. Mas, a exemplo do VPR, faz ressalva à presença das organizações que pedem a intervenção militar.
Ainda assim, o SOS Forças Armadas, um dos três grupos que pedem a intervenção de militares, já confirmou presença no dia 12, com carro de som. “Estamos do mesmo lado, querendo a saída da Dilma, mas nós avançamos um pouco mais e queremos uma faxina no Executivo, Legislativo e Judiciário”, disse o inventor e escultor Ricardo Rochhi, 45, um dos líderes do grupo.
Publicidade
O Estado tentou contato com os grupos Intervenção Já e Quero Me Defender, mas não obteve resposta. Até terça-feira, 24, nenhum dos dois havia confirmado presença no dia 12 de abril em suas páginas no Facebook.