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Líder do PT diz que Maia descartou abrir impeachment ainda nesta segunda

Presidente da Câmara também afirmou que poderá sair do DEM, caso o partido lhe imponha uma derrota

Por Camila Turtelli
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), negou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderá dar início a um processo de impeachment ainda nesta segunda-feira, 1º, seu último dia na função.

Verri disse que Maia descartou essa possibilidade. O petista estava reunido com Maia no início da tarde e afirmou ainda que o partido está no bloco de apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), mas ainda não há decisão da Secretaria-Geral da Mesa sobre isso. "Ele disse que não vai abrir (impeachment)", disse.

Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado. Foto: Maryanna Oliveira / Agência Câmara

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O prazo para o registro dos blocos terminou às 12h, mas a Câmara ainda não divulgou quais partidos foram registrados em cada um dos grupos. Na noite do último domingo, 31, o DEM decidiu deixar o bloco de Baleia e ficar neutro na disputa. PSDB e Solidariedade também se reuniram na manhã de hoje e decidiram ficar neutros. As decisões, porém, não foram oficializadas.

A decisão da Executiva do DEM de desembarcar do bloco de apoio de Baleia e a disposição de outras siglas de seguir o mesmo caminho levaram Maia a ameaçar aceitar um pedido de impeachment contra Bolsonaro.

Maia encerra o mandato à frente da Câmara nesta segunda-feira, 1º, e, segundo apurou o Estadão, afirmou que, se o DEM lhe impusesse uma derrota, poderia sair do partido.

O presidente da Câmara lançou a candidatura de Baleia à sua sucessão em dezembro, com o respaldo de uma frente ampla, que incluiu partidos de esquerda. Na ocasião, o líder do DEM, Efraim Filho (PB), assinou um documento no qual o partido avalizava o nome do MDB.

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