Lula escala auxiliares para preparar ida de Pacheco para ministério

Ex-presidente do Senado quer tirar alguns dias de folga e viajar ao exterior; interlocutores do governo querem tirar de Pacheco um indicativo claro de que ele topa ser ministro antes da viagem

PUBLICIDADE

Foto do author Gabriel Hirabahasi

BRASÍLIA - O governo adotou nos últimos dias uma operação para tentar convencer o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a aceitar se tornar ministro, apurou o Estadão/Broadcast Político. Como mostrou a reportagem no sábado, 1º, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), é um dos encarregados dessa missão.

Além de Wagner, outros líderes e ministros também procuraram o agora ex-presidente do Senado e seus aliados. Pacheco ainda não se decidiu sobre os pedidos. Ele quer tirar alguns dias de folga e viajar ao exterior. Os interlocutores do governo querem tirar de Pacheco um indicativo claro de que ele topa ser ministro antes dessa viagem.

Rodrigo Pacheco pode assumir cargo no governo Lula  Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

PUBLICIDADE

Wagner marcou uma conversa com o ex-presidente do Senado nesta semana. Outros articuladores do governo já vêm atuando nos bastidores para persuadi-lo. Alguns chegaram a dizer que Pacheco poderia assumir a pasta que desejasse. Outros foram mais comedidos e só expressaram ao ex-presidente do Senado a importância que ele teria na gestão do presidente Lula.

Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, o senador tem dois ministérios na sua lista de prioridades: o da Justiça e Segurança Pública e o do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O presidente Lula, porém, não deu indicativos, até o momento, de que pretende trocar os atuais ministros Ricardo Lewandowski e Geraldo Alckmin, que acumula a pasta com o cargo de vice-presidente. Pacheco não deseja que sua indicação seja incluída na cota do PSD e aguarda um convite formal de Lula para analisar as possibilidades.

Publicidade

Além disso, o Ministério de Minas e Energia, por exemplo, é um dos que o presidente do Senado sinalizou a alguns aliados que não pretenderia ocupar. O principal motivo, apurou o Estadão/Broadcast Político, é que ele não gostaria de transmitir a mensagem de que estaria passando para trás Alexandre Silveira, o atual titular da pasta e ex-senador indicado ao cargo pelo próprio Pacheco.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.