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Lula volta a bancar Nísia Trindade na Saúde: ‘Não é ministra do Brasil, é minha ministra’

Centrão cobiça Ministério da Saúde; presidente afirma diálogo com Congresso, mas diz que há pastas que não são ‘trocáveis’

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Foto do author Sofia  Aguiar
Foto do author Caio Spechoto
Por Sofia Aguiar (Broadcast) e Caio Spechoto (Broadcast)

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a bancar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no cargo. ”A Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra”, disse Lula. Na cerimônia de sanção do novo programa Mais Médicos nesta sexta-feira, 14, o chefe do Executivo citou o diálogo com o Congresso e a negociação para o Centrão ter mais espaços no governo.

“Tem ministros que não são trocáveis”, disse o presidente da República sobre os ministérios cobiçados pelo Centrão. Ele também afirmou ter orgulho de ter a escolhido para a Pasta. Afirmou que ela só perderá o cargo se não cumprir sua função satisfatoriamente.

Nísia Trindade é ministra da Saúde do governo Lula Foto: Divulgação Ministério Da Saúde

Lula ainda declarou que lê notícias todos os dias sobre mudanças nos ministérios, e brincou que só faltaria ele próprio “se trocar”.

O presidente também falou sobre o Congresso Nacional, com o qual tenta estreitar relações. “O Congresso pode ter o defeito que vocês quiserem, mas é a cara de vocês no dia da eleição”, disse o petista.

Cerimônia do Mais Médicos

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Nísia foi uma das ministras que participou da cerimônia, realizada no Palácio do Planalto. Ao ser anunciada para discursar, ela foi ovacionada pela plateia do local sob o coro de “Mulher guerreira do povo brasileiro”.

Com a sanção do novo Mais Médicos, fica instituída a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que deve incluir mais 15 mil profissionais na atenção básica do SUS em 2023.

A prioridade é para regiões com maior vulnerabilidade socioeconômica. Na cerimônia, Lula também criou um Grupo de Trabalho Interministerial que vai elaborar regras para reservas de vagas a médicos com deficiência e de grupos étnico-raciais.

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A equipe, coordenado pelo Ministério da Saúde, terá a participação das Pastas da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Planejamento.

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