Manifestantes gritam 'Fora Cunha, fica Dilma e melhora' no centro do Rio

Cerca de 800 manifestantes da CUT, MST e de sindicatos de bancários, metalúrgicos e petroleiros concentrados na praça atrás da Igreja da Candelária saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à sede da Petrobrás, na Avenida Chile

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Rio - Em manifestação que na tarde desta terça-feira, 8, no centro do Rio, militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de sindicatos de bancários, metalúrgicos e petroleiros atacam a "marcha" pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, defendem a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pedem mudanças nos rumos da economia.

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Cerca de 800 manifestantes, concentrados na praça atrás da Igreja da Candelária saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à sede da Petrobrás, na Avenida Chile. "Fora Cunha, fica Dilma, e melhora" é a palavra de ordem dos manifestantes, que também pedem a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Embora tenha defendido a permanência de Dilma na Presidência da República, o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, disse que o objetivo principal do ato público não é lutar contra o impeachment, mas defender mudanças na economia para estimular o desenvolvimento econômico.

Segundo Rodrigues, representantes de sindicatos entregarão um documento a Dilma nesta quarta-feira, 9, com propostas para a economia. "Nosso compromisso discutido com as entidades sindicais é ajudar a alavancar investimentos do governo e das empresas nacionais. Por que o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) parou as obras? Por que o estaleiro Mauá (em Niterói, cidade na Região Metropolitana) demitiu funcionários? Se um empresário roubou, ou um diretor da Petrobrás, prende o corrupto, mas não prejudica a empresa", disse o presidente da CUT-RJ, referindo-se à Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na estatal. Rodrigues disse que o processo de impeachment "não tem embasamento jurídico". "Um parlamentar tem que se pautar não pelo grito de meia dúzia, mas pela Constituição da República", afirmou. 

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