A Universidade de Moscou formou gente como Anna Politkovskaya, assassinada em 2006, e Anastasia Baburova, assassinada em 2009. Para Kozlovsky, a iniciativa sexy das estudantes mostra que a nova geração de jornalistas russos parece mais inclinada a "posar sem roupa para homenagear autoridades do que a investigar seus desmandos".
Nem tudo está perdido, porém. Seis outras estudantes da mesma universidade publicaram outro calendário em que aparecem vestidas, com esparadrapos na boca e com perguntas incômodas: "Quem matou Anna Politkovskaya?", "Quando será o próximo ataque terrorista?" e "A liberdade de reunião vale a qualquer tempo e em qualquer lugar?".
"A controvérsia na Universidade de Moscou", escreveu Kozlovsky, "mostra que a questão em foco é a própria missão do jornalismo: devemos ficar nus ante as autoridades ou devemos tornar a verdade nua?"