A trapalhada do governo, que indicou e retirou em menos de 24h três nomes para duas vagas na Agência Nacional de Aviação (Anac), expôs mais uma vez os desencontros da articulação política. As indicações foram enviadas ao Senado sem pacificar, antes, com quem estava os indicando.
Gustavo Vieira tem aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. É analista da Casa, mas está cedido para o ministério da Infraestrutura, comandado por Tarcísio de Freitas.
Thiago Caldeira hoje está no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e tem a bênção do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ricardo Catanant, servidor de carreira, tem o lobby da própria Anac.
Quem acompanhou as movimentações afirma que a retirada foi necessária para costurar melhor, com quem indicou e com os senadores, a aprovação dos nomes.
Em edição-extra nesta quinta-feira, 3, o Diário Oficial da União publicou a retirada da indicação dos nomes de Gustavo Afonso Sabóia Vieira e de Thiago Costa Monteiro Caldeira, que havia sido formalizada nessa semana. No mesmo dia, encaminhou para análise Ricardo Bisinotto Catanant, na vaga para a qual Gustavo havia sido indicado. (Juliana Braga)
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