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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Novo superbloco da Câmara afasta Republicanos do Centrão

Arranjo reúne 142 deputados de MDB, PSD, Republicanos e Podemos, sócios em São Paulo no governo Tarcísio

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Foto do author Mariana Carneiro
Foto do author Julia Lindner
Atualização:

A formação do superbloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, com 142 deputados, oficializada nesta terça (28), começou a ser costurada há cerca de um mês em um encontro entre os presidentes do MDB, Baleia Rossi (MDB-SP), e do PSD, Gilberto Kassab (PSD). Os partidos são sócios na coalizão política que dá sustentação ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. A aliança denota ainda o distanciamento do Republicanos do Centrão, grupo até então formado pela sigla com PP e PL, o que consequentemente drena poderes de Arthur Lira (PP-AL). Segundo relatos no PSD, Lira só ficou sabendo da articulação há poucos dias e, por isso, não reagiu.

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Líderes das siglas envolvidas dizem que não desejam confrontar Lira. Mas admitem que o movimento dá mais estabilidade para a aprovação de pautas de interesse do governo na Câmara, principalmente as matérias ligadas à economia, o que na prática alarga a base governista - PSD e MDB já integram formalmente a base.

Como resposta, eles preveem que PP e União Brasil tentarão um bloco para se fortalecer na Casa, uma vez que a tentativa de federação naufragou.


O presidente do PSD, Gilberto Kassab.  Foto: Foto: Evelson de Freitas/Estadão

O principal benefício do maior bloco é ter vantagem nas indicações para comissões mistas, como as que analisarão as medidas provisórias - com exceção da Comissão Mista do Orçamento. Isso motivou os parlamentares dessas siglas a se animarem com o retorno dos colegiados mistos, algo que era visto com resistência pelos deputados no embate entre Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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