A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) publicou um comunicado na noite deste domingo, 20, manifestando descontentamento com a indicação de seu nome para o Senado e afirmando que o partido a usou como “massa de manobra”. A deputada diz não ter sido consultada para autorizar a decisão, o que, para ela, revela “descuido” e “uma precipitação sem limites”.
“Não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino”, escreveu a deputada, acrescentando que um acordo de cúpula já impediu sua candidatura ao governo do Estado em outra ocasião, em 2018. Segundo ela, o partido também tentou inviabilizar sua candidatura à prefeitura do Recife em 2020, o que teria contribuído para a eleição de seu adversário, João Campos, que é também seu primo.
No mesmo comunicado, Marília afirmou que está conversando com lideranças de Pernambuco e que deve anunciar nos próximos dias os seus planos para as eleições de outubro. A parlamentar também ponderou que o ocorrido não compromete seu apoio “incondicional” à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência.
Em nota, a parlamentar disse que conversou com Lula nesta segunda-feira, 21 sobre o cenário eleitoral. "Conversamos sobre o quadro político nacional, analisamos a situação eleitoral em Pernambuco e as alternativas que se colocam no Estado, reafirmando o compromisso com a candidatura do presidente Lula para reconstruir o país", afirmou.